Quando se formou em pediatria, há mais de 30 anos, Dárcio Duarte decidiu abrir um consultório. Passados 25 anos, o retorno financeiro começou a não compensar: “Trabalhava para pagar despesa. É um investimento muito alto para pouco retorno”.

Hoje, ele engrossa a lista dos pediatras que decidiram trocar os consultórios por plantões em prontos-socorros e hospitais. Segundo entidades de classe, essa migração foi causada pela baixa remuneração dos convênios.

“Todos as especialidades são afetadas pelo repasse, mas a pediatria não tem o ganho adicional dos procedimentos”, explica Milton Macedo, diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Além do valor da consulta, um ortopedista recebe ao engessar um braço, por exemplo. “O pediatra recém-formado não tem condições de abrir seu consultório”, diz Marun Davi Cury, coordenador do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Paulista de Pediatria (SPP) e da Associação Paulista de Medicina.

Atualmente, o Brasil tem cerca de 32 mil pediatras – ao todo, há quase 400 mil médicos registrados no Conselho Federal de Medicina (CFM).

Fonte: Folha de Sao Paulo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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