A sexualidade ainda é um tabu nas conversas entre pais e filhos. Por consequência, a gravidez na adolescência continua sendo tema de debates e divide opiniões. Enquanto muitos culpam e responsabilizam somente os adolescentes pelo fato de terem gerado uma criança, especialistas afirmam que as condições sociais e culturais de jovens envolvidos podem atuar diretamente na possibilidade de uma gravidez antes do período adulto.

“Como um todo, a porcentagem de gestantes adolescentes no Rio de Janeiro vem diminuindo gradativamente. Era de 19% a 20% a taxa de gestantes adolescentes nos anos 2000 e hoje em dia está em 16%, mas quando você vai para comunidades populares ou com altos índices de violência ou, por exemplo, em Santa Cruz, que às vezes sequer tem áreas violentas, mas onde as possibilidades de desenvolvimento pessoal, de acesso a uma escola de segunda grau, de acesso a escola profissionalizante, são difíceis, então a gravidez é parte do projeto de vida. Às vezes não é um susto, é uma gravidez desejada e planejada”, ressaltou Viviane Castelo Branco, pediatra e membro do comitê de adolescência da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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