No primeiro semestre deste ano o Disque 100 registrou 66.518 denúncias de violações de direitos humanos. O número é menor que as 71.116 denúncias recebidas no mesmo período de 2014.

Mais da metade das ligações estão relacionadas a violações de direitos contra crianças e adolescentes (63,2%). Em seguida estão os idosos (24,2%) e as pessoas com deficiência (7,3%). Os dados foram divulgados hoje (21), pela Secretaria de Direitos Humanos, da Presidência da República.

No comparativo do período de janeiro a junho de 2014 e de 2015, as denúncias de violações contra os direitos dos idosos foram as que mais cresceram, passando de 13.752 para 16.014, com aumento nas violações por negligência e abuso financeiro e econômico.

O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, destacou a preocupação tanto com o crescimento das denúncias de violências praticadas em idosos, quanto as ocorridas em pessoas com deficiência. “Vimos que isso cresceu no balanço semestral e o grave é que, na maior parte das vezes, a violação é feita por familiares. Isso revela que precisamos construir uma cultura de direitos humanos na sociedade”.

No primeiro semestre deste ano, o maior número de denúncias foi registrado em São Paulo (14.069), Rio de Janeiro (7.849) e Minas Gerais (5.479). Houve significativa queda nas denúncias relacionadas às crianças e adolescentes, o que diminuiu o número total de casos registrados no semestre. As queixas de violências praticadas contra este segmento da sociedade passaram de 49.248, no primeiro semestre do ano passado, para 42.114 no mesmo período deste ano.

As principais violações registradas são negligência, violência psicológica e violência física. A ouvidora nacional dos Direitos Humanos, Irina Bacci, disse que isso decorreu da Copa do Mundo, no ano passado, quando houve um esforço coletivo de diversos órgãos no monitoramento e registro das violações de direitos contra crianças e adolescentes.

O Disque 100 é um serviço de atendimento telefônico gratuito que recebe denúncias e demandas de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes, idosos, pessoas como deficiências, população LGBT e em situação de rua, por exemplo. Ele funciona 24 horas, durante todos os dias da semana. As denúncias são analisadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Fonte: Agência Brasil

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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