Um estudo da Universidade Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, sugere que o treinamento musical na escola pode ajudar a aprimorar as respostas do cérebro ao som, bem como as habilidades auditivas e linguísticas entre adolescentes. O contato regular com a música ajuda a melhorar a memória verbal e distinguir os sons da fala em meio a ruído ambiente.

Para determinar se o treinamento da música na adolescência confere melhorias auditivas e linguísticas e acentua as respostas do cérebro ao som, Nina Kraus e seus colegas recrutaram 40 calouros do ensino médio na área de Chicago em um estudo que começou pouco antes do primeiro ano.

Quase metade dos alunos estavam matriculados em aulas de banda, o que envolvia de duas a três horas de instrução de música instrumental por semana na escola, enquanto o resto tinha se matriculado no “Junior Reserve Officers Training Corps” (JROTC), grupo que focava em exercícios fitness durante um período comparável. Gravações de eletrodos no início do estudo e três anos mais tarde revelou que o grupo JROTC exibiu o padrão típico de declínio gradual de um adolescente na consistência da resposta subcortical do cérebro à fala. E

m contraste, os alunos que receberam treinamento da música não mostraram tal declínio depois de 3 anos, prolongando uma elevada sensibilidade do cérebro ao som. Além disso, o grupo de música exibiu sinais de maturação mais rápidos da resposta cortical do cérebro ao som. Todos os participantes melhoraram em competências linguísticas ligadas a consciência da estrutura do som, mas a melhora foi maior para aqueles nas aulas de música, em comparação com o grupo JROTC.

Segundo os autores, a formação de música no ensino médio, cada vez mais desfavorecida devido à escassez de financiamento, pode aprimorar o desenvolvimento do cérebro e melhorar as competências linguísticas.

Fonte: Gazeta do Povo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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