Crianças com bom vocabulário aos 2 anos de idade chegam ao jardim de infância mais bem preparadas. É o que diz um estudo divulgado pela revista científica “Child development” (desenvolvimento infantil). A pesquisa informa que essas vantagens se apresentam tanto na parte acadêmica quanto no comportamento dos alunos que se comunicavam melhor já na pré-escola. E

studos anteriores já davam conta de que crianças com melhor desempenho estudantil e de comportamento no jardim de infância conseguem melhores oportunidades na escola e na sociedade quando crescem. Elas têm mais chances de ir à faculdade, comprar casas e morar em áreas com indicadores socioeconômicos altos.

Agora, a nova pesquisa mostra que essas vantagens podem ter raízes ainda mais precoces. O trabalho foi feito por pesquisadores das universidades do Estado da Pensilvânia, da Califórnia Irvine e de Columbia. Eles analisaram dados de 8.650 crianças. O nível de vocabulário foi medido por meio de uma pesquisa com os pais dos pequenos, e seu conhecimento acadêmico foi estimado através de avaliações de matemática e leitura. Enquanto isso, professores de jardim de infância avaliaram o comportamento dos alunos. Informações como a situação socioeconômica das famílias e qualidade de vida foram levadas em conta para isolar o papel da riqueza de vocabulário no desenvolvimento da criança. Diferenças entre os níveis de vocabulário ficaram evidentes entre os grupos. Crianças de famílias com rendas mais altas, do sexo feminino e com pais atenciosos mostraram riqueza de vocabulário.

Crianças nascidas com pouco peso ou filhas de pais com problemas de saúde tinham desvantagens nesse quesito. Ao examinar as crianças três anos mais tarde, os pesquisadores notaram que aquelas com mais vocabulário estavam mais bem preparadas tanto no âmbito acadêmico quanto de comportamento no jardim de infância, com melhores resultados em leitura e matemática, mais auto-controle e menos problemas de ansiedade.

Fonte: O Globo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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