Mais de 400 profissionais ligados a 47 clubes de futebol em todo Brasil estão sendo certificados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Universidade do Futebol por sua participação no Programa ‘Educar pelo Futebol – Meu Time é Nota 10’, que conta com apoio estratégico da Fundação FC Barcelona.

Em sua segunda edição, a iniciativa tem como objetivo promover o direito ao esporte seguro e inclusivo de todas as crianças e todos os adolescentes, garantindo a proteção integral dos meninos e meninas que buscam a profissionalização no esporte.

Durante três meses, os participantes realizaram gratuitamente um curso online que permitiu a compreensão e a discussão sobre os riscos e as oportunidades presentes no dia a dia de meninos e meninas que frequentam as dependências dos clubes esportivos, escolinhas e projetos sociais.

Segundo o UNICEF, muitas vezes, esses adolescentes e crianças deixam suas cidades, vão viver longe da família para tentar se tornar jogadores profissionais e se deparam com riscos graves de violação de direitos, como a exclusão escolar, a profissionalização precoce ou a exploração e o abuso sexual.

“Os clubes e as escolas que preparam crianças e adolescentes para uma carreira profissional lidam, acima de tudo, com o sonho desses meninos e meninas”, alerta Rodrigo Fonseca, especialista de Esporte para o Desenvolvimento do UNICEF no Brasil. “Apenas um em cada 3 mil se tornarão atletas profissionais, mas os clubes e as escolinhas têm a oportunidade – e a responsabilidade – de contribuir para o desenvolvimento integral de todas essas crianças”, completa Rodrigo.

Para o CEO da Universidade do Futebol, Eduardo Tega, o futebol tem potencial para produzir muito mais do que craques e títulos mundiais. “Há milhões de praticantes de futebol, mas apenas uma mínima fração atinge a ponta da pirâmide, gerando muito mais frustrações do que talentos. Por isso, aqueles que ensinam futebol não podem só valorizar o rendimento, deixando de lado valores fundamentais para a formação e desenvolvimento humanos.”

Com uma carga horária total de 60 horas, o curso incluiu aulas baseadas em uma concepção humanista do ensino do futebol, entendendo-o como fenômeno social importante na formação e desenvolvimento pessoal e social de crianças, jovens e adultos.

O curso se utiliza dos princípios pedagógicos: Ensinar futebol a todos; Ensinar bem futebol a todos; e Ensinar mais do que futebol a todos, como forma de garantir e promover o direito ao futebol seguro e inclusivo, com foco nos grupos mais variáveis.

O curso foi realizado de forma online, mesclando textos, depoimentos, vídeos, imagens e diversos recursos didáticos que tiveram como finalidade dar sentido prático ao conteúdo, possibilitando a implementação das propostas levantadas.

Ainda fazem parte do conteúdo depoimentos inéditos de atletas como os jogadores de futebol Edmílson e Alexandre Pato, bem como da árbitra assistente Fernanda Colombo. Com apoio de um tutor a distância, os alunos foram avaliados e agora estão sendo certificados.

Saiba mais sobre a iniciativa: www.educarpelofutebol.com.br

Fonte: ONU

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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