Press ESC to close

Estatuto da Criança e do Adolescente

1.038 Articles
Valeska Andrade

O reconhecimento de paternidade ficou mais simples e ágil com uma norma editada na semana passada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Agora, o pedido para que o nome do pai seja incluído na documentação do filho pode ser feito diretamente no cartório de registro civil da cidade onde mãe e filho moram. Assim, o processo não precisará passar pelo Ministério Público (MP) quando a solução for simples. O novo método permite que a mãe ou o filho maior de idade procure o cartório de registro mais próximo – hoje são 7.324 no País – para pleitear a localização do pai. A única condição é que nenhum pedido de reconhecimento de paternidade tenha sido feito à Justiça. “A ideia é simplificar o processo ao máximo para que a pessoa não precise sair do seu bairro para começar o procedimento”, explica o juiz-auxiliar da Corregedoria do CNJ, Ricardo Chimenti.

Procedimento – No cartório, é preciso apresentar a certidão de nascimento da criança e preencher um formulário com os dados da mãe e do filho, assim como os do suposto pai, como nome e endereço, que são obrigatórios. Outros dados relativos ao pai, como profissão, endereço do local de trabalho etc. são opcionais. O cartório encaminhará o documento ao juiz responsável, que notificará o suposto pai sobre o pedido. Caso a ligação familiar seja confirmada, o juiz determina a inclusão do nome do pai na certidão de nascimento. Por outro lado, caso o pai não assuma a paternidade ou não apresente resposta em 30 dias, o processo é encaminhado ao Ministério Público ou à Defensoria Pública, para a tramitação de uma ação de investigação de paternidade.

Valeska Andrade

Mudanças no comportamento de crianças e adolescentes, tornando-as mais ansiosas, depressivas e isoladas, são alguns dos sintomas do bullying. Às vezes, esse conjunto de fatores também pode desencadear reações mais agressivas. A tragédia de Realengo, em abril de 2011, ainda está na memória do País. Para o professor do Departamento de Psicologia Escolar da Universidade de Brasília (UnB), Aderson Luiz Costa, não é fácil determinar os motivos que levam uma vítima a atacar seus intimidadores. “Não há uma resposta simples. É preciso analisar a história de vida da pessoa, suas patologias e transtornos. Mas qualquer pessoa submetida a uma condição de alto nível de ansiedade, obrigada a viver em sofrimento diário, vive em um potencial produtor de reações mais agressivas e intensas”, explica.

Fonte: Jornal de Brasília (DF)

Valeska Andrade

Mais de 100 meninos brasileiros foram contratados por clubes estrangeiros no ano passado para jogar futebol no exterior. A constatação faz parte de levantamento da Fifa realizada com base nas transferências ocorridas em 2011. Esse número, porém, pode ser apenas a ponta de um iceberg, já que os dados se referem somente a transações oficiais e autorizadas. No total, 13 mil crianças de todo o mundo teriam passado pelos sistemas de registros da entidade em 2011, classificadas como “amadores”. Essa é a primeira vez que a Fifa publica um mapeamento completo das transferências internacionais, graças ao novo sistema eletrônico de registro de vendas e compras de atletas. A entidade insiste, porém, que, com o sistema eletrônico e as exigências feitas, o número de jovens transferidos desabou. A Fifa proíbe a “venda” de crianças atletas, justamente para evitar a exploração delas e como uma tentativa de manter talentos em seus países de origem. O relatório admite que “histórias de horror” podem ocorrer e que essa é a população “mais vulnerável”.

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

Valeska Andrade

Os conselhos tutelares de Fortaleza (CE) sofrem com a falta de estrutura, a começar pela quantidade de colegiados. São apenas seis, quando deveria haver pelo menos o dobro de unidades, tendo em vista a população da cidade. A maior preocupação, no entanto, é com o acolhimento dos meninos ameaçados de morte pelos traficantes. Não existem locais para abrigá-los. “O problema é que a prioridade da gestão não é a infância. Há um gasto de R$ 127 milhões com publicidade”, afirma o advogado Renato Roseno. Já o titular da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), Demitri Cruz, diz que Fortaleza é pioneira na implantação de políticas públicas para a criança e o adolescente. “Evidentemente, as demandas são grandes e, às vezes, enfrentamos situações de gargalo, mas, aqui, encontramos uma rede que não existe em outro lugar”.

Interior de São Paulo – Os problemas de estrutura e falta de funcionários também afetam os conselhos tutelares da região de Ribeirão Preto (SP). “Tudo funciona em meias medidas. O conselho tem uma casa alugada, três computadores e um carro velho. É como uma fachada: faz de conta que há três conselhos lá”, disse o juiz da Infância e da Juventude de Ribeirão, Paulo César Gentile. Em Ribeirão Preto, o Conselho Tutelar 3 ameaçou fechar por falta de reposição de computadores após um furto. A secretária da Assistência Social, Maria Sodré, disse que as melhorias ocorrerão em 90 dias, prazo firmado com a Promotoria.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP)

Valeska Andrade

As autoridades de saúde dos Estados Unidos decidiram recomendar com ênfase que meninos com idade entre 11 e 12 anos sejam vacinados contra o HPV. Até agora, essas vacinas eram dadas regularmente apenas em mulheres e meninas. O HPV pode causar verrugas e levar ao desenvolvimento de câncer do colo de útero. Está associado também ao câncer de pênis, tumores anais e de orofaringe. No Brasil, a vacina pode ser tomada apenas na rede privada. A incorporação ao calendário de imunização público do País está sendo discutida. “É necessário estudar o custo e os benefícios dessa medida. Somente para meninas, a vacinação na rede pública levaria ao incremento de quase três vezes o orçamento do Programa Nacional de Nacional de Imunizações”, disse o epidemiologista Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde.

Fonte: Revista IstoÉ

Valeska Andrade

Depois dos eletroeletrônicos, do cartão de crédito e dos móveis, a educação entrou no radar da nova classe média, segundo João Paulo Cunha, consultor da Data Popular. Segundo ele, é crescente o interesse dessas famílias em trocar o ensino público pelo privado para seus filhos. Esses pais querem dar aos filhos algo que muitos deles não tiveram. A projeção do Data Popular é que a classe C supere, nos próximos anos, os gastos dos mais ricos com a educação. Em 2012, os brasileiros devem gastar com educação 7,5% mais que em 2010, já descontado o efeito da inflação. O levantamento, que foi feito com base nos números da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, do total de despesas com educação da classe média, 76% vão para matrículas e mensalidades.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Valeska Andrade

A obesidade em crianças e adolescentes será tema de uma campanha anual do Ministério da Saúde que envolverá, neste ano, cerca de 5 milhões de estudantes de escolas públicas do País. Até esta sexta-feira, equipes de saúde vão pesar os alunos, calcular o índice de massa corporal e fornecer orientação nutricional. Estudantes com excesso de peso poderão ser encaminhados a unidades de saúde. A Semana de Mobilização Saúde na Escola tem como público alvo alunos de 5 a 19 anos de 22 mil escolas em 1.938 municípios (cerca de um terço das cidades do País). Segundo o secretário nacional de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o objetivo é evitar “uma tragédia futura, que é uma geração de obesos, hipertensos e diabéticos”.

Valeska Andrade

As próximas gerações devem aprender programação com tanta naturalidade quanto seus pais aprenderam a montar quebra-cabeças. A disciplina, defendem estudiosos norteamericanos, é uma espécie de “nova matemática”. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, já está se preparando para educar as crianças dessa nova era. Eles pretendem ensinar a linguagem dos computadores para crianças da pré-escola, na faixa entre 5 e 7 anos, ao mesmo tempo em que elas aprendem o beabá. “Programação é apenas mais uma maneira de se expressar, assim como desenhar com giz de cera, construir com blocos de Lego e aprender a escrever”, argumenta Mitchel Resnick, pesquisador do MIT e um dos idealizadores do projeto.

Fonte: Correio Braziliense (DF)

Valeska Andrade

O acesso à pílula do dia seguinte no Sistema Único de Saúde (SUS) é precário e as adolescentes são as que mais encontram dificuldades ao buscarem o medicamento. Embora diretrizes do Ministério da Saúde garantam o direito à privacidade e ao sigilo de suas informações, muitos postos exigem a presença de pais ou responsáveis para liberar o contraceptivo de emergência. “É uma hipocrisia e um total contrassenso”, diz a pesquisadora Regina Figueiredo, do Instituto da Saúde. “Se a adolescente chega grávida, aos 15 anos, ela será atendida no posto porque ganha um status social de adulta. Se chega pedindo contraceptivo, não consegue”, diz. Embora a taxa de gravidez na adolescência tenha caído na última década, 23% dos partos realizados no País ainda são de jovens entre 15 e 19 anos. Estima-se que um quarto dos abortos provocados estejam nessa faixa etária.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP)

Valeska Andrade

A comissão de juristas criada pelo Senado Federal para elaborar o novo Código Penal aprovou um anteprojeto que prevê, entre outros pontos, a ampliação dos casos em que o aborto é legal. Pela proposta, não é crime a interrupção da gravidez até a 12ª semana quando, a partir de um pedido da gestante, o “médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade”. Inicialmente, a ideia da comissão era propor que essa autorização fosse apenas dos médicos, mas acabou estendida aos psicólogos. Também não haverá punição em caso de aborto de fetos anencéfalos. Atualmente, o Código Penal apenas não considera como crimes os abortos justificados por uma gravidez de risco para a gestante ou quando a gravidez resulta de uma violência sexual. Hoje, a pena é de um a três anos de reclusão para a mulher que realiza um aborto.