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Pais e Filhos

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Valeska Andrade

Conselheiro do movimento Todos Pela Educação, o professor Mozart Neves Ramos destaca dados reunidos recentemente sobre a disparidade que existe no tempo de estudo entre mães e filhos, especialmente naquelas famílias que frequentam a rede pública de ensino. “Segundo o levantamento , 51,5% dos jovens com 14 anos já atingiram a escolaridade das mães”, explica. Desses jovens, 71% cursavam uma das três últimas séries do ensino fundamental e 9,5% estavam no ensino médio. O percentual é de apenas 10% para alunos da rede privada. “Fazer a opção pela educação de qualidade para todos deve ser a prioridade brasileira”, completa Ramos. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 1999 para 2009, mostram que o indicador educacional passou de 5,8 para 7,2 anos.

Valeska Andrade

O número de jovens homossexuais masculinos com Aids aumentou 60% em uma década, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Ano passado, foram confirmadas 514 infecções entre gays com idade de 15 a 24 anos, o equivalente a 26,9% dos casos da doença nesta faixa etária. Em 2000, haviam sido notificados 321 pacientes com o vírus. Com jovens heterossexuais, a tendência é inversa: em 2000, eles respondiam por 29,8% dos casos confirmados da doença e em 2010 eles representaram 21,5%. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anuncia a estabilização dos números da Aids, faz um alerta com relação ao crescimento da doença entre os jovens. O levantamento aponta que, quando comparado com os jovens em geral, a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior.

Valeska Andrade

Do total de mortes ocorridas no trânsito em 2009, 45,6% correspondem a pessoas entre 20 e 39 anos. Quando somados àqueles que têm entre 15 e 19, esse número sobe para 53,4%. Os dados fazem parte da publicação Saúde Brasil 2010, produzida todo ano pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. O diretor de Análise de Situação da Saúde do Ministério e coordenador do Saúde Brasil, Otaliba Libânio, explica que em 2009 as agressões foram responsáveis por 36,8% das mortes por causas externas entre os brasileiros, sendo a primeira causa entre pessoas com 15 a 39 anos. Os acidentes de transporte terrestre respondem por 26,5% dos óbitos do grupo. As mortes desse tipo representam a primeira causa de óbitos na população de dez a 14 anos.

Valeska Andrade

O percentual de crianças negras de 7 a 14 anos que estão mais de dois anos atrasadas na escola é o dobro do registrado entre as brancas. Enquanto 16,7% dos alunos negros estão nessa situação, entre os brancos, o índice é de apenas 8%. Os dados compilados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) são referentes a 2009. O fator socioeconômico é o mais usado para justificar o atraso escolar dos estudantes negros em relação aos brancos. Levantamento feito pelo economista Ernesto Faria, do Portal Estudando Educação, comparou as notas de matemática e português da Prova Brasil de 2007 de alunos de uma mesma faixa de renda e cor de pele diferente. Entre os 25% de estudantes mais pobres do 5° ano do ensino fundamental, a nota dos brancos foi, em média, oito pontos superior nas duas disciplinas.

Valeska Andrade

Crianças estimuladas nos primeiros anos de vida e que passam pela educação infantil têm mais chances de ter bons resultados no ensino fundamental, de concluir a educação básica e de contribuir para quebrar o ciclo de pobreza no País, afirmam especialistas em educação. No entanto, nem todas conseguem essa oportunidade. No Brasil, cerca de 10 milhões de crianças de 0 a três anos não têm acesso a creches. A professora de Políticas Públicas e Linguagens da Infância, Maria Ângela Barbato Carneiro, diz que o aprendizado em creches e pré-escolas ajuda no desenvolvimento cognitivo, físico e nas atividades relacionadas à criatividade, socialização e memória. “A criança terá mais condições de desenvolvimento. Os pais, às vezes, não contam histórias, não lêem livros, e os filhos ficam à margem desse estímulo”, completa.

Fonte: O Globo (RJ)

Valeska Andrade

O período que antecede a volta às aulas, no início de 2012, vai ser bom para comerciantes e fabricantes: a expectativa é crescer até 20% em relação a 2011, com as vendas puxadas pelo número de produtos licenciados. A procura no varejo é maior em janeiro e fevereiro, quando pais e filhos compram a lista de material passada pela escola. E é nessa hora que entra a disputa das marcas pelas licenças. Na rede de hipermercados Extra, as vendas de papelaria devem ser 15% maiores no período, impulsionadas pelas dez licenças de maior sucesso. No Walmart, a previsão é crescer 20% em relação ao ano passado. Cerca de 30% dos itens da lista de material são licenciados. Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), o mercado de licenciamento deve movimentar R$ 4,6 bilhões em 2011, 6% a mais do que em 2010.

Fonte: Valor Econômico

Valeska Andrade

Entre as quatro horas de aula obrigatórias por dia, apenas em uma hora e 44 minutos o professor está oferecendo uma atividade aos estudantes e eles estão presentes para participar. No restante, ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender. “Mais da metade do tempo é qualquer outra coisa que não aprendizado”, diz Ana Lima, diretora-executiva do Ibope. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Ibope em 18 escolas públicas. A audiência é dada pela soma de dois fatores. O primeiro, “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo, “oportunidade de aprender”, extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe. O levantamento também mostrou que as aulas que acontecem às sextas-feiras são as mais propensas à faltas.

Fonte: O Tempo (MG)

Valeska Andrade

Os brasileiros estão tendo menos filhos, e mais tarde. Pela primeira vez na história do Censo, levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito de dez em dez anos, a taxa de fecundidade, de 1,86 filho por mulher, ficou abaixo do patamar considerado de mera reposição populacional: 2,1 filhos (a estatística leva em conta a mortalidade infantil). Em 2000, a taxa estava em 2,38 e, em 1960, chegava a 6,3. Comparando com outras nações, é como se o País tivesse, em 50 anos, saído de uma taxa de fecundidade hoje equivalente à da Somália para se igualar à média atual da Finlândia. A queda da fecundidade aconteceu em todas as regiões e estados. Em 2000, apenas três das 27 unidades da Federação (Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal) estavam abaixo do nível de reposição. Agora, já são 19.

Valeska Andrade

Na educação, o Censo de 2010 apontou a queda no analfabetismo no País. Entre as pessoas de 15 anos ou mais, a taxa foi de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010 – no entanto, isso significa que ainda há cerca de 13,9 milhões de brasileiros analfabetos. Houve queda na faixa de 10 a 14 anos de idade: o analfabetismo foi de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010. As desigualdades regionais persistem. Se o percentual de analfabetos com 15 anos ou mais é de 5,4% no Sudeste e de 5,1% no Sul, no Centro-Oeste ele sobe para 7,2%; e no Nordeste, a pior situação, atinge 19,1%. Outro dado do Censo foi o percentual de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos que não frequentavam a escola: 5,5% em 2000 para 3,1% em 2010. Já a população entre 15 e 17 anos, 22,3% não ia para a escola em 2000; e em 2010, esse índice foi de 16,7%.

Valeska Andrade

Entrou em vigor na Coréia do Sul esta semana uma norma, apelidada de Lei Cinderela, que proíbe pessoas com menos de 16 anos de jogarem videogames entre 0h e 6h. O governo alega que a medida é necessária para combater o alto índice de vício em jogos eletrônicos no país (14% das crianças entre nove e 12 anos sofrem com o problema). A lei está gerando processos e críticas na internet. A legislação é de difícil aplicação, pois as autoridades não têm como saber o que os adolescentes fazem de madrugada em casa. Como a banda larga sul-coreana é considerada a melhor do mundo, jogos em rede são populares. Por exigirem cadastro, essas redes conseguem impedir o acesso aos seus servidores. Para burlar a restrição, crianças estão se registrando com os dados dos pais ou usando servidores ocidentais para acessar os jogos.

Fonte: O Globo (RJ)