O número de jovens homossexuais masculinos com Aids aumentou 60% em uma década, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Ano passado, foram confirmadas 514 infecções entre gays com idade de 15 a 24 anos, o equivalente a 26,9% dos casos da doença nesta faixa etária. Em 2000, haviam sido notificados 321 pacientes com o vírus. Com jovens heterossexuais, a tendência é inversa: em 2000, eles respondiam por 29,8% dos casos confirmados da doença e em 2010 eles representaram 21,5%. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anuncia a estabilização dos números da Aids, faz um alerta com relação ao crescimento da doença entre os jovens. O levantamento aponta que, quando comparado com os jovens em geral, a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior.
No ano passado, pela primeira vez, o percentual de cesarianas superou o de partos normais no Brasil. As cesáreas chegaram a 52% do total. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é uma taxa em torno de 15%. O grande número de cesarianas é puxado pelo setor privado, em que 80% dos partos são cirúrgicos desde 2004. Mas o crescimento maior se deu no Sistema Único de Saúde (SUS), onde a taxa aumentou de 24% para 37% na década passada. Como é marcada com antecedência, a cesariana pode ocorrer antes do tempo adequado e levar o bebê a apresentar problemas associados à prematuridade. Para Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, os atuais níveis são “escandalosos” no setor privado.
Fonte: Folha de São Paulo
Do total de mortes ocorridas no trânsito em 2009, 45,6% correspondem a pessoas entre 20 e 39 anos. Quando somados àqueles que têm entre 15 e 19, esse número sobe para 53,4%. Os dados fazem parte da publicação Saúde Brasil 2010, produzida todo ano pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. O diretor de Análise de Situação da Saúde do Ministério e coordenador do Saúde Brasil, Otaliba Libânio, explica que em 2009 as agressões foram responsáveis por 36,8% das mortes por causas externas entre os brasileiros, sendo a primeira causa entre pessoas com 15 a 39 anos. Os acidentes de transporte terrestre respondem por 26,5% dos óbitos do grupo. As mortes desse tipo representam a primeira causa de óbitos na população de dez a 14 anos.
O percentual de crianças negras de 7 a 14 anos que estão mais de dois anos atrasadas na escola é o dobro do registrado entre as brancas. Enquanto 16,7% dos alunos negros estão nessa situação, entre os brancos, o índice é de apenas 8%. Os dados compilados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) são referentes a 2009. O fator socioeconômico é o mais usado para justificar o atraso escolar dos estudantes negros em relação aos brancos. Levantamento feito pelo economista Ernesto Faria, do Portal Estudando Educação, comparou as notas de matemática e português da Prova Brasil de 2007 de alunos de uma mesma faixa de renda e cor de pele diferente. Entre os 25% de estudantes mais pobres do 5° ano do ensino fundamental, a nota dos brancos foi, em média, oito pontos superior nas duas disciplinas.
Filhos de mães de primeira viagem que se decidem pelo parto em casa são quase três vezes mais propensos a morrer ou ter problemas cerebrais. De acordo com estudo publicado no British Medical Journal, problemas sérios são raros para bebês cujos partos foram planejados numa unidade de maternidade, ocorrendo apenas 3,5 vezes para cada mil partos. Se o parto for feito em casa, a taxa sobe para 9,5 por mil bebês. O estudo também descobriu que a maternidade é o local mais seguro para as mulheres terem os seus primeiros bebês. Quase metade das mães que escolheu dar a luz em casa foi transferida para um hospital por causa de complicações. A pesquisa comparou dados de 65 mil mulheres com baixo risco de complicações que planejaram dar a luz numa maternidade, numa unidade médica liderada por uma parteira, ou em casa.
Fonte: Extra Online (RJ)
Crianças estimuladas nos primeiros anos de vida e que passam pela educação infantil têm mais chances de ter bons resultados no ensino fundamental, de concluir a educação básica e de contribuir para quebrar o ciclo de pobreza no País, afirmam especialistas em educação. No entanto, nem todas conseguem essa oportunidade. No Brasil, cerca de 10 milhões de crianças de 0 a três anos não têm acesso a creches. A professora de Políticas Públicas e Linguagens da Infância, Maria Ângela Barbato Carneiro, diz que o aprendizado em creches e pré-escolas ajuda no desenvolvimento cognitivo, físico e nas atividades relacionadas à criatividade, socialização e memória. “A criança terá mais condições de desenvolvimento. Os pais, às vezes, não contam histórias, não lêem livros, e os filhos ficam à margem desse estímulo”, completa.
Fonte: O Globo (RJ)
Mais da metade (51,45%) dos adolescentes de 14 anos do País já têm escolaridade superior a de suas mães. Entre os jovens dessa faixa etária, 71% cursam os três últimos anos do ensino fundamental e 9,5% estudam no ensino médio. Os dados indicam uma baixa escolaridade das mães de alunos que apresentam, em média, 7,32 anos de estudos. O levantamento foi feito pelo programa Todos pela Educação e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outros dados – O levantamento aponta também a diferença de escolaridade entre famílias de alunos de escolas públicas e privadas. Enquanto aos 14 anos 60% dos estudantes da rede pública já atingiram a escolaridade de suas mães, na rede privada o percentual cai para 10%. Isso indica que as mães dos alunos dos estabelecimentos particulares têm escolaridade mais elevada. Entre estudantes negros de 14 anos, o percentual daqueles que estudaram mais do que suas mães é de 56,33%, enquanto entre os brancos a taxa é quase 10 pontos percentuais menor.
O período que antecede a volta às aulas, no início de 2012, vai ser bom para comerciantes e fabricantes: a expectativa é crescer até 20% em relação a 2011, com as vendas puxadas pelo número de produtos licenciados. A procura no varejo é maior em janeiro e fevereiro, quando pais e filhos compram a lista de material passada pela escola. E é nessa hora que entra a disputa das marcas pelas licenças. Na rede de hipermercados Extra, as vendas de papelaria devem ser 15% maiores no período, impulsionadas pelas dez licenças de maior sucesso. No Walmart, a previsão é crescer 20% em relação ao ano passado. Cerca de 30% dos itens da lista de material são licenciados. Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), o mercado de licenciamento deve movimentar R$ 4,6 bilhões em 2011, 6% a mais do que em 2010.
Fonte: Valor Econômico
Entre as quatro horas de aula obrigatórias por dia, apenas em uma hora e 44 minutos o professor está oferecendo uma atividade aos estudantes e eles estão presentes para participar. No restante, ou não há aula ou o aluno não está lá para aprender. “Mais da metade do tempo é qualquer outra coisa que não aprendizado”, diz Ana Lima, diretora-executiva do Ibope. O dado é de um estudo inédito realizado pelo Ibope em 18 escolas públicas. A audiência é dada pela soma de dois fatores. O primeiro, “oportunidade de ensinar”, foi calculado sobre as aulas efetivamente dadas e o segundo, “oportunidade de aprender”, extrai do anterior o tempo em que o estudante estava em classe. O levantamento também mostrou que as aulas que acontecem às sextas-feiras são as mais propensas à faltas.
Fonte: O Tempo (MG)
De cem crianças internadas em hospitais brasileiros, pelo menos 50 não precisariam do procedimento se o atendimento primário, feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), fosse correto. Esse é o resultado de pesquisa feita pela doutora em Enfermagem Beatriz Toso, da Universidade de São Paulo. Segundo Beatriz, pelo menos metade das internações infantis acontece por doenças respiratórias, como gripe, sinusite e pneumonia, e poderiam ser evitadas. Ela chegou a essa conclusão depois de analisar o histórico de internações infantis em Cascavel (PR), verificar as causas desse fato e quais eram as falhas da atenção básica, propondo uma mudança no sistema de saúde. O objetivo era entender o porquê do alto número de internações pelas chamadas causas evitáveis. Os dados abrangem os anos de 2006 a 2011.
Fonte: DCI Online (SP)