O maior evento de moda autoral do País e segundo maior evento nacional, Dragão Fashion Brasil (DFB), ganhou novo espaço em sua 16ª edição e ancorou no Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza. Com estrutura bem mais ampla, e à beira mar, o evento aumentou não só em números, mas também em qualidade. Conseguiu reunir no mesmo espaço o melhor da moda nacional e internacional junto à arte, cultura, gastronomia e entretenimento.
Claudio Silveira, idealizador e diretor geral do DFB, levou a risca o tema “Mãos à obra, mãos à moda”, e reuniu governantes, entidades, empresários, estilistas, estudantes e profissionais da moda para realização do evento. Destaque para o intercâmbio entre novos talentos e renomados da moda. “Muito além das passarelas, o DFB traz em sua concepção uma ideologia de ser vitrine para os novos talentos da moda brasileira”, conta Cláudio.
De acordo com ele, há 16 anos, o evento contribui para o mercado da moda, fomentando a formação dos profissionais e criando ambientes de network e negócios, mas sempre mantendo o olhar próprio de valorização da cultura. Além dos 32 desfiles, os mais de 5 mil visitantes/dia participaram de palestras e workshops com intensa programação multicultural que incluiu manifestações de gastronomia, exposições e muita música.
Desfiles
Nas passarelas, muita gente bacana e criativa do mundo todo – Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e internacionais da Franca e Itália.
Destaque para o mais querido do evento, Lindebergue Fernandes. Linde emocionou a plateia com uma homenagem ao estilista João Sobarr, falecido no final de 2014. Nas peças uma desconstrução de gêneros, conceitos e preconceitos em relação ao universo feminino e masculino. Tudo parecia ser uma só esfera. Denim com efeitos desbotados e desgastados seu uniram ao crochê. “Resolvemos reprocessar alguns hits da minha história, desconstruindo e remontando, como um quebra-cabeça composto por peças que se encaixam mas que, ao mesmo tempo, não formam nenhuma imagem definida.”, define.
No momento show-desfile, o elenco do espetáculo “Quem tem medo de travesti”, composto pelo coletivo “As Travestidas”, surgiu com uma série de maxi camisetas com nomes e expressões tiradas do pajubá, o dialeto divertido das drag queens. As t-shirts serão lançadas para o consumidor final e toda a renda será revertida para o Grupo de Apoio Asa Branca (GRAB) que acolhe pacientes soropositivos em Fortaleza.
Texto: Carol Kossling /Fotos: Divulgação do evento