Campina-Grande

 

Ai que saudades que eu tenho, das noites de São João, das noites tão brasileiras… começo assim essa crônica ou pequeno texto, sobre São João, hoje é dia 24, dia do Santo que faz aniversário no mês mais lindo do ano: junho. Amo junho, gosto de São João. Nasci no comecinho do mês, então a minha afinidade com o meio junino é grande. Pois bem.

Tenho saudades das noites de São João, de dançar quadrilha, de brincar na pescaria, de enfrentar a barraca do beijo, de dançar com a coleguinha da escola que não se gosta, de dançar nas quadrilhas profissionais(que hoje parecem mais escolas de samba). Saudades das comidas típicas, das músicas do Luiz Gonzaga, das rodas de conversas sobre coisas aterrorizante, saudades das lindas noite de São João.

Acho que nunca mais vou ver um São João como eu há uns anos atrás. Claro. Primeiro porque eu não sou mais o mesmo, a minha visão de mundo mudou completamente, vejo novas  coisas, tenho novos obstáculos e novas interferências pelo meu tão duvidoso caminho. Mas de uma coisa tenho certeza, as noites de São João, são as melhores. Nesse meio tempo de lá pra cá, conheci tanta gente, aconteceu tanta coisa comigo que eu jamais pudia imaginar (coisas boas e ruins).

Pude conhecer a Socorro, uma fonte minha para uma matéria, que aos 50 anos de idade faz simpatias juninas para tentar se casar, ainda tem a esperança de encontrar o home da sua vida e  chegar no tão sonhado “felizes para sempre”. Se isso vai acontecer ou não, é difícil de dizer, mas de uma coisa eu tenho certeza: que ela tem disposição.

Voltando ao assunto do São João, tenho saudades do tempo em que as brincadeiras de pega pega, de esconde esconde, de bila , de todas essas tradições na época junina. Saudades de ser criança novamente, de vestir a minha camisa quadriculada que minha mãe havia feito, da minha estilo caipira com vários remendos feitos também pela mamãe, enfim.. saudades das noites de São João.

Espero que um dia, tudo possa acontecer do jeito especial e marcante como aconteceu no passado, agora é preciso esperar, até lá, muitas águas vão rolar.

 

 

 

Texto: Eduardo Sousa | Imagem: Internet