Fazendo o primeiro balanço dos diversos assuntos nesse blog e ainda os comentários assistimos  toda um a preocupação demonstrada em ralação  a  fisioterapia e  a sociedade, isso me fez lembrar os primeiros pacientes há exatos 15 anos,  posso afirmar por que bem lembro as histórias clinicas e as histórias de vida, mas também lembro os meus medos, as ansiedades e certamente o entusiasmo a cada recuperação daqueles que só mais tarde eu iria entender que faziam parte de minha biblioteca viva. 

Alegria em forma de arte

Alegria em forma de arte

 Tenho certeza que  essas experiências tão vivas em minhas memórias me fazem crer da possibilidade de pudermos através dessa ciência oferecer  muito mais que um corpo são, mas também a alegria de viver. Permito-me fazer um relato de uma dessas experiências, logo no início dos meus trabalhos como profissional fisioterapeuta, um cliente de 60 anos passou por sérios problemas neurológicos e foi encaminhado a fisioterapia.  Havia naquele homem limitações físicas e angustias por já não puder exercer as atividades profissionais e do dia a dia, nos tornamos grandes parceiros nesse desafio, buscávamos os melhores recursos, mesmo assim, a evolução não estava satisfatória a meu ver, por mais que pesquisasse, buscasse ajuda dos neurologistas havia um entrave naquela recuperação, foi então que me veio à necessidade de buscar a informação desejada na fonte certa, o próprio cliente, o mais surpreendente e talvez um dos momentos mais importantes de minha carreira profissional foi quando ouvi a resposta, “Estou cem por cento melhor, quando cheguei aqui não tinha vontade de viver e hoje tenho”. Passado esses quinze anos aquela resposta ainda ecoa em meus ouvidos, nem mesmo os anos decorridos da faculdade poderiam definir a ciência que estava abraçando e tomando para minha vida.

Assistindo esses depoimentos de indignação dos colegas nesse blog, compreendo muito bem cada palavra, porque essa é uma manifestação de sensibilidade e cuidado não só com prática profissional, mas com o saber.  

O corpo expressão da alegria

O corpo expressão da alegria

Temos sem dúvida que exercer uma prática clínica voltada ao ser humano mesmo encontrando nessa trajetória os sentimentos negativos, individualistas, materialista e a agressiva concorrência, esses são obstáculos os quais devemos superar, mas nossa missão e nossa visão devem estar focadas no bem estar individual e coletivo promovendo saúde em toda sua complexidade.

About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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