O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão esteve no XXVI Congresso Nacional de Secretarias de Saúde (CONASEMS) na noite da última terça-feira. Em visita à feira que acontece junto ao Congresso, o Ministro visitou o estande do Sistema COFFITO/CREFITOs.

Ao chegar ao estande, Temporão falou sobre a inclusão dos fisioterapeutas no NASF. Logo em seguida, o presidente do CREFITO6, Dr. Ricardo Lotif Araújo, falou ao Ministro sobre a possibilidade de criação e de implementação de uma Política Nacional de Saúde Funcional.

Segundo Dr. Ricardo, a ideia principal da Política, que surgiu na primeira edição do Fórum de Políticas Públicas da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional do COFFITO e foi apresentada na 13ª Conferência Nacional de Saúde, é garantir aos cidadãos brasileiros o acesso aos profissionais da saúde (como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros) cuja atuação envolva a funcionalidade. Isso significa garantir o acesso a profissionais especializados e a serviços específicos.

Ao ser apresentado à sugestão, o Ministro Temporão lembrou que já existe uma Política semelhante, voltada à área da odontologia. Temporão aceitou a sugestão e colocou o Ministério da Saúde à disposição do COFFITO para que sejam dados os devidos encaminhamentos.

O primeiro passo é a criação de um Grupo de Trabalho (GT) no COFFITO e em todos os CREFITOS para o debate e embasamento da Política. Logo após, é preciso que seja publicado um decreto presidencial, criando um grupo específico no Ministério da Saúde para iniciar de fato os trabalhos.

O objetivo o COFFITO é trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde e os demais Conselhos Profissionais da área da Saúde. “Assim, garantimos a inserção transversal dos nossos profissionais em todos os âmbitos, não apenas em projetos específicos”, explica Dr. Ricardo.

Os Conselheiros do Sistema presentes ao CONASEMS lembram que vivemos uma época de risco funcional muito alto. Isso impactua diretamente as questões ligadas à seguridade social. Ou seja, quanto maior for o investimento em ações que garantam a saúde funcional, menor será o índice de afastamento de trabalhadores por problemas de saúde. Da mesma forma, a incidência de aposentadorias precoces também será reduzida. Assim, reduz-se os gastos com aposentadorias precoces e o cidadão, além de poder manter-se ativo, terá sua saúde constantemente monitorada.

Um recurso importante que será fundamental para a implementação da Política é a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade). É através desta ferramenta que serão orientadas as ações da Política Nacional de Saúde Funcional.

Por: Flávia Lima Moreira

Assessora de Comunicação CREFITO5/RS

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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