A osteoartrose do quadril é uma doença que atinge de 5 a 10% da população e é mais frequente em adultos de meia-idade e idosos acima de 65 anos. De acordo com especialistas, alguns fatores fazem com que ocorra um desgaste da cartilagem que forra as extremidades das juntas dos ossos, que de uma superfície lisa transforma-se em áspera e irregular. Segundo o ortopedista, especialista em cirurgia do quadril, Cristiano Rajão, os primeiros sintomas podem ser um desconforto na região da virilha, nádega, coxa e joelho, ou rigidez articular. “Normalmente a dor piora com atividade física, mesmo que leve, e melhora com repouso”, afirma. Com o passar do tempo os sintomas se intensificam. Dor e rigidez passam a aparecer mesmo durante o repouso. “Muitas vezes a pessoa percebe que está com dificuldade de vestir as meias ou calçar os sapatos, isso é sinal de que a cartilagem está irregular. Quando o tecido cartilaginoso se esgota, o movimento passa a acontecer osso com osso, o que é muito doloroso. Neste estágio, diminui sensivelmente a capacidade de movimentação de rotação, flexão e extensão da bacia, e o paciente percebe que está limitado nos seus movimentos. Mancar torna-se evidente”, explica Rajão.  Sabe-se que a doença está relacionada ao alcoolismo, anemia falciforme, uso prolongado de corticosteróides, atividades físicas de alto impacto, doenças na infância, traumatismos e fraturas do quadril, entre outras. Por isso, a história detalhada do paciente é fundamental “O exame físico demonstra diminuição da mobilidade e dor. O diagnóstico é confirmado através de radiografias. Outros exames como cintilografia óssea ou ressonância nuclear magnética podem ser necessários para um diagnóstico precoce ou para diferenciar de outras doenças”, destaca o especialista. Evitar esportes de alto impacto como futebol, tênis e corridas ou carregar peso, subir escadas ou ladeiras, fazer um programa suave de fisioterapia, praticar atividades físicas moderadas na piscina (como natação ou hidroginástica), exercitar-se em bicicleta ergométrica sem carga, utilizar antiinflamatórios (sob prescrição médica) ao invés de esteróides, e diminuir o peso corporal, se necessário, são algumas das dicas do especialista para prevenir ou retardar o progresso da doença.

 Fonte:  www.jmonline.com.br

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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