Por :LEANDRO RODRIGUES

 As profissões que lidam diretamente com o desempenho do atleta prometem ganhar mais espaço no mercado

Em plena Copa do Mundo da África, impossível não sonhar com a mesma competição aqui no Brasil daqui a quatro anos. E os reflexos desse megaevento extrapolam o esporte e alcançam toda a sociedade. Você, vestibulando, não ficará de fora: saiba que algumas carreiras podem ganhar uma motivação extra.

Todas as profissões terão algum benefício com a Copa e, dois anos depois, com as Olimpíadas. Mas aquelas que lidam diretamente com o desempenho do atleta, o que interessa na disputa, prometem ganhar mais espaço. O caderno Vestibular ouviu especialistas e confirmou as melhores previsões para quem pensa em estudar Educação Física, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Psicologia, sem contar as especializações.
– Pense que, alguém que sair da faculdade em 2014, ou em 2016 (ano dos Jogos Olímpicos no Rio) vai entrar no mercado de trabalho justamente em um momento de grande aquecimento. É um incentivo e tanto – afirma o professor Luciano Castro, diretor do curso de Educação Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Se a Copa oferece um mercado mais limitado, girando apenas em torno do futebol, as Olimpíadas extrapolam. Por ser sede dos jogos, o Brasil terá o privilégio de inscrever delegações em todas as modalidades olímpicas. Será uma demanda a mais por atletas e profissionais envolvidos na preparação.
– A medicina do exercício e do esporte, por exemplo, é mais ampla do que muitos imaginam, o que abre muitas oportunidades. É possível ser um cardiologista, um ortopedista e até um pediatra voltado para isso. Outra coisa muito bacana é o trabalho em equipe com os demais profissionais da área da saúde, como educadores físicos fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos – afirma o médico Ricardo Stein, pós-doutor em cardiologia do exercício pela Universidade de Stanford, nos EUA.

Psicologia no esporte é uma área emergente
E a percepção de que, além de toda a preparação física, o atleta precisa de auxílio para elaborar seus conflitos vem abrindo caminho para os psicólogos. Uma das maiores autoridades da área do Brasil, o professor Benno Becker Júnior afirma que é uma área emergente.
– Entre as situações que mais prejudicam atletas estão a ansiedade, a dificuldade de focar a atenção e a falta de motivação. Nessa hora, o psicólogo é decisivo para resgatar o rendimento. Mas é um trabalho continuado, não funciona na quinta-feira para um jogo no domingo – explica Becker Júnior, doutor em psicologia, fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte e professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

Fonte ZERO HORA

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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