Mesmo atingindo um número altíssimo de pessoas, a DPOC ainda é pouco conhecida. Dia serve como alerta

Por: Elaine Perassoli

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 210 milhões de pessoas lutam contra a doença e 3 milhões morrem todos os anos em decorrência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Até 2030, se tornará a terceira maior causa de morte no mundo. O Ministério da Saúde revela que no Brasil, cerca de 7 milhões de pessoas são portadoras da doença, responsável por aproximadamente 270 mil internações e 40 mil mortes por ano.

Anualmente, a DPOC custa aos cofres públicos aproximadamente R$ 100 milhões, sendo que cerca de 70% dos pacientes dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento. “Embora a DPOC seja tão impactante, ainda é pouco conhecida, o que agrava o fato de seus sintomas serem negligenciados ou confundidos com os de outras doenças respiratórias, como asma. O diagnóstico tardio faz com que os sintomas evoluam de forma drástica, levando à necessidade de internações e cuidados especiais”, explica o pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro do Comitê Internacional de DPOC (Gold), José Roberto Jardim.

A família um homem de 68 que já não tem fôlego nem para falar direito, se dispôs a contar a história desde que não fossem identificados. A luta contra à DPOC já dura 8 anos e foi causada pelo cigarro. Aos 14 anos, ele já era viciado e aos 55 começou a tossir e a ter falta de ar, mas não deu importância aos sintomas. Depois de 5 anos, tudo foi ficando mais difícil e ele procurou um médico. Descobriu que os pulmões já estavam doentes. Desde então se trata, mas a DPOC avança e já lhe tirou parte da fala e dos movimentos. Com muita dificuldade ele lamenta: “Estou vegetando. Não pensei que o cigarro pudesse fazer isso comigo”.

O idoso tem 5 filhos e 3 deles, mesmo vendo o sofrimento do pai, fumam. A caçula, que ajuda a cuidar do pai, não fuma. Ela conta que desde que descobriram a doença de seu pai, os filhos têm tentado deixar o vício. “Mas é difícil. É uma luta diária. Eles ficam um tempo longe do cigarro, mas depois acabam voltando”.

A família reclama que os remédios custam caro e que o sofrimento é grande. Os filhos dizem que é triste ver as dificuldades do pai. A fisioterapia ajuda um pouco, mas tem dias que ele não tem disposição nem para ir até a clínica onde faz os exercícios.

A fisioterapeuta Rosileide Lopes Bezerra Capilé, do Centro de Fisioterapia Respiratória da Unimed, em Cuiabá, explica que a fisioterapia é utilizada para fortalecer o pulmão e todo o organismo. Ela conta que geralmente os pacientes chegam para o tratamento em crise e logo a partir da primeira sessão já percebem a melhora. “Temos em média 2 pessoas por semana que fazem tratamento para combater a DPOC”.

Fonte: Gazetadigital

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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