O trabalho do profissional fisioterapeuta exige cada vez mais uma visão abrangente em relação ao seu real papel junto à sociedade,  durante muitos anos a função reabilitação dirigiu os rumos dessa ciência da saúde, apenas na década de 90 novas áreas de atuação e novos conceitos foram tomando novas direções,  cronologicamente  apresentamos  uma certa fragilidade, por outro lado os resultados clínicos e nossa atuação nas áreas de promoção e prevenção de doenças  tem demonstrado uma firme posição e nos aberto grandes possibilidades nos aspectos de ciência da saúde,  sociais e políticas. Acreditamos  ser esse o papel verdadeiro de uma ciência e não o isolamento, quanto às questões multiprofissionais elas só serão fortalecidas através do respeito e conhecimento de suas práticas e resultados com respaldo científico e clínico. É fácil criticar, fazer imensos textos históricos e contextualizar de forma mesquinha uns aos outros, conheçemos  vários casos de erros médicos através de cirurgias mal sucedidas, causando paralisias e inclusive mortes de pacientes, mesmo assim, não nos vemos em condições de criticar a medicina, por saber separar  a ciência e seus profissionais de erros sejam esses por negligências ou por fatalidades, ao mesmo tempo desconheçemos pacientes que  estejam em cadeiras de rodas ou tenha ocorrido óbito por causa dos avanços da fisioterapia, o que também não a faz uma ciência superior as outras e nem muito podemos negar  em seu elenco a existência de  colegas incapazes até por não ter formação adequada para tratar em algumas áreas de atuação da fisioterapia .  Temos assistido uma forte campanha contra algumas  práticas da fisioterapia, em nosso olhar algo extremamente necessário,  certamente  se o objetivo fosse a construção de relações profissionais,  mas fica bem evidente a questão mercadológica. Tínhamos previstos uma crise na questão de mercado dentro da própria profissão por conta do crescimento de faculdades em nossa área, mas vamos admitir não imaginávamos  essa crise se expandindo a outros profissionais, não a outra resposta para a construção de blogs ou sites com a finalidade de degredar essa ou aquela profissão, limitar seus espaços de atuação e não possibilitar  sua expansão, isso nos faz comparar com esses grupos de extermínios  neonazistas  que tem se expandidos em nosso país e nos traz grandes repercussões na mídia.

Olhamos com tristeza não só esse novo comportamento, feito com  uso de termos chulos e desapropriados por  profissionais não  éticos e que mereceriam nosso respeito se tivessem uma nova abordagem,  ficamos ainda mais tristes pela omissão por partes dos nossos  representantes, em nosso caso CREFITO’S e COFFITO,  sua omissão nos faz lembrar  um termo popular “Quem cala consente”  , não adianta a justificativa de ser  uma questão regional, caiu na rede mundial tais campanhas, esse é um debate  e  não podemos fugir, por traz de tantas críticas nós mesmos temos de admitir, existem preocupações e devemos analisar alguns pontos importantes, dentre eles  não se justifica lançar mão de práticas sem fundamentação  antes mesmo de um estudo e de nos cercarmos de condições para essas práticas. Vejam o caso das pulseiras um verdadeiro desastre,  o próprio fabricante veio desmentir  os benefícios,  enquanto muitos colegas deram até entrevistas falando da eficiência dessas pulseiras, isso nos deixa extremamente vulnerável e nos jogam aos porcos para que se lambuzem  e se apresentem como superiores, sendo capazes em sua arrogância de nos pedirem justificativas e se acharem no direito de determinar como  devemos agir.  Fisioterapia feita com seriedade e conhecimento, foi assim  que aprendemos com nossos mestres, o mais importante é respeitar  a sociedade, nosso trabalho é de rica importância, temos que defender nossos princípios ,  precisamos imediatamente que nossos representantes tomem providências jurídicas e se manifestem, nenhum site seja dos CREFITO’S ou COFFITO falam desse assunto, apenas o CREFITO 6 nos enviou uma advertência publica  e  nela não havia quem são os blogs ou sites que pregam uma prática contra a fisioterapia, não citam quem são os responsáveis por esse movimento e nem mesmo publicaram em seu site.  Não há mais justificativas para esse comportamento é hora de defender ou assumir os erros, quem está falando a verdade?  Essas práticas colocam ou não em risco a sociedade?  Será que nossos representantes são capazes de responder ou a sociedade vai  ser informada por profissionais desesperados mercadologicamente?

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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