Nos dias atuais contamos com instrumentos facilitadores no processo de recuperação dos nossos pacientes na fisioterapia, são três os pilares para obtermos êxito: o conhecimento,  habilidade profissional e tecnologia. em nossas lembranças  ficam marcas das  primeiras experiências em relação aos tratamentos oferecidos, primeiro não tínhamos o menor reconhecimento por parte dos médicos e existia uma enorme dependência dos colegas junto a esses profissionais tanto para obter pacientes quanto para atender, por que nossa literatura era praticamente médica e isso provocava limites em nossa atuação.

 Nos dias atuais não só temos os profissionais médicos em  parceria, bem como sendo eles nossos clientes, é impressionante a quantidade desses profissionais  nos procurando para realizar tratamentos fisioterapêuticos, tenho observado essa tendência nos últimos dois anos,  podemos destacar nesse novo comportamento a evolução dos profissionais fisioterapeutas tanto na área científica quanto clínica, obviamente muitos profissionais de saúde ainda vivem as margens do sistema, por não acreditarem completamente em seus potenciais e principalmente nos recursos oferecidos pela ciência de sua atuação. Vamos exemplificar de fato essas mudanças,  quando iniciamos nosso trabalho profissional, a grande parte dos pacientes com lesão de ombro eram diagnosticadas  bursite, ainda não havia exames de imagens tão precisos como hoje, cabia aos fisioterapeutas engolir o diagnostico e realizar as condutas solicitadas, lembro bem do termo utilizado  para esse tipo de ação, “receita de bolo”  e no caso da bursite eram: gelo, ultra som, ondas curtas, infra vermelho e exercícios esses muitas vezes eram feitos através de um roda fixada na parede, conhecida como roda de ombro, esse instrumento atrapalhava mais do que ajudava o paciente com dor, não movimentava o ombro e sim fazia rotações na coluna vertebral com o objetivo de defesa da dor. Não podemos nos  esquecer  do forno de Bier juntamente com o gelo estavam sempre presentes para todos e todas as circunstâncias.

Muito mudou principalmente nas questões relacionadas à dor e aos exercícios, correntes eletroanalgésicas,  bem definidas e aplicadas com parâmetros corretos, terapias combinadas com ultra som, laser, dentre outros, somados a isso as terapias manuais para liberações mio fascias e em segundo momento os exercícios, muito mais trabalhados e inteligentes através de equipamentos  de pilates, gyrotonic e outros, sem permitir aos pacientes compensações ou posturas inadequadas. Essa visão elaborada tem o objetivo de permitir a consciência corporal e estimulações proprioceptivas, evitando em muitos casos medidas invasivas, diminuindo  risco  de vida. A fisioterapia também pode contar como  aliado a quebra da segmentação do corpo, dessa forma uma pessoa com lesão do ombro não e mais sujeita a ser apenas um ombro,  o foco passa ser o sistema, oferecendo não só uma melhor condição de  vida, mas sem dúvida nenhuma, menores possibilidades de recidivas, somado ao trabalho médico, em nosso olhar rico principalmente por oferecer  diagnostico, além da  prescrição de fármacos, paralelamente temos a utilização  dos recursos fisioterapêuticos  por meios  físicos no combate a dor e processo inflamatório, em seguida todas as forças devem estar voltadas para estabilização do sistema múculoesquelético, podendo não só ter grandes resultados mas proporcionamos diminuição de  riscos e custos.

Sabemos dos limites impostos pelos planos de saúde e somos convictos de mudanças nesse setor, buscando   oferecer a todos  esses  tratamentos, infelizmente prestados a poucos com poder aquisitivo mais elevados. Faço a crítica ao mesmo tempo sugiro aos planos de saúde uma aproximação com todos profissionais da saúde na busca da solução, não da mais para imaginar  a fisioterapia atuando da mesma forma de vinte anos atrás, conquistamos com sabedoria novos espaços os quais se fazem merecidos, temos condições técnicas para discutirmos com quem quer que seja nossos recursos. Outro ponto bastante importante nessa análise de mudanças está diretamente inserido no processo de formação do profissional, boas escolas e muitos pesquisadores podem alavancar ainda mais esse crescimento. Em 2011 o Brasil vai receber muitos profissionais em eventos internacionais, apresentando evidência científica, é preciso participar e fazer cursos, investir antes para depois exercer, não é mais possível um profissional fisioterapeuta atuando através de receitas de bolo ou sendo subserviente a qualquer outro profissional.

 É nosso dever levar a sociedade informações através de um portal de tão grande penetração em todos os meios da sociedade e  alertamos sobre cuidados a serem tomados, a fisioterapia não só cresceu nos últimos anos, mas seus profissionais hoje tem uma gama de recursos bem elaborados  com evidências científicas e clínicas, não podemos apenas cair no conto da boa falação ou conto do vigário, pessoas muitas vezes agem de má fé para extorquir dinheiro em tratamentos  muitos deles onerosos e  desnecessários por colocar em risco a  vida, é  importante perguntar a quem  você esta entregando o seu bem mais precioso,  se inteirar da formação do mesmo, qual seu currículo?  Ouça outros   profissionais,  na busca de maio segurança, as boas referências são extremamente importantes e  impedem algumas práticas como vendas casadas, ou seja, quando algum profissional impõem  apenas um outro profissional para realizar o tratamento, isso chega a ser estranho, sugestões e indicações são sempre bem vindas, mas imposições deixa no ar um certo receio de falta de ética, levanta suspeitas quanto aos reais interesses. Nossa preocupação em informar a sociedade vêm da nossa satisfação pela audiência nesse blog e por respeitarmos muito nosso trabalho como fisioterapeuta, todos esses anos de dedicação  nos faz acreditar na relação multiprofissional com o intuito de beneficiar vidas.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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