Estamos vivendo a geração Fitness (ou malhação), onde o exercício é promovido como algo extremamente salutar, mas estudos mostram que a coisa não é bem assim.
Por exemplo, a virtude do exercício só é comprovada quando realizado de forma bastante moderada. Esta constatação vem confirmar nossas observações clínicas, onde temos grande número de pacientes seriamente comprometidos apesar de suas práticas regulares de atividades físicas, e de fato, por causa delas. Temos que rever nossos conceitos.
Nas últimas décadas, o fitness tem acentuado sua influência na sociedade e no mercado global de consumo. Pode-se dizer que, graças às práticas do fitness, o corpo se transformou num perfeito objeto de mercado, uma nova indústria lucrativa que promove com grande publicidade e marketing, apelo a libertação sexual e física, íntima relação com mercado de moda e do culto higiênico e dietético, que se rodeia da obsessão pela juventude, elegância, virilidade/feminilidade, cuidados, regimes, práticas sacrificiais que com ele se conectam.
Assim sendo, a “indústria do bem estar”, que desafia tantas vezes os limites do cientificamente aceitável, e a “indústria do fitness” – juntas e separadamente – têm vendido uma ideia de corpo como objeto, um conceito de “corpo condicionado”, como condição obrigatória à total imunização à patologia. Pena que estejam constantemente convertendo o corpo num objeto de “culto”, quando seria mais inteligente tentar ler as suas verdadeiras necessidades…
Embora se baseiem em rigorosas leis da “fisiologia do esforço”, e apesar de tantos estudos avultarem os benefícios cardiovasculares do exercício, não há ainda evidência suficiente que permita ver o fitness como resposta às necessidades do sistema musculoesquelético. Significa isto que a quase totalidade de desportos existentes, assim como as mais propaladas atividades de fitness, não se encontram adequados às exigências de um “corpo frágil”, que é aquele que genuinamente vestimos; o fitness alimenta a ideia de saúde, mas os esforços que desencadeia ao nível do corpo desautorizam as mais basilares leis do funcionamento mecânico.
Por incrível que possa parecer, como está sendo feito hoje, fitness não é saúde, é doença.
Caro Herique sugiro a leitura de livro que vem ao encontro desse seu pensamento. Felicidade Artificial, O lado negro da nova classe feliz. Ronaldo W. Dworkin
PS: o Wiron me comentou sobre aquele problema do curso de osteopatia para profissionais não-fisioterapeutas. Mexam-se! Deve haver uma limitação para esse abuso.
Estamos vivendo a geração Fitness (ou malhação), onde o exercício é promovido como algo extremamente salutar, mas estudos mostram que a coisa não é bem assim.
Por exemplo, a virtude do exercício só é comprovada quando realizado de forma bastante moderada. Esta constatação vem confirmar nossas observações clínicas, onde temos grande número de pacientes seriamente comprometidos apesar de suas práticas regulares de atividades físicas, e de fato, por causa delas. Temos que rever nossos conceitos.
Nas últimas décadas, o fitness tem acentuado sua influência na sociedade e no mercado global de consumo. Pode-se dizer que, graças às práticas do fitness, o corpo se transformou num perfeito objeto de mercado, uma nova indústria lucrativa que promove com grande publicidade e marketing, apelo a libertação sexual e física, íntima relação com mercado de moda e do culto higiênico e dietético, que se rodeia da obsessão pela juventude, elegância, virilidade/feminilidade, cuidados, regimes, práticas sacrificiais que com ele se conectam.
Assim sendo, a “indústria do bem estar”, que desafia tantas vezes os limites do cientificamente aceitável, e a “indústria do fitness” – juntas e separadamente – têm vendido uma ideia de corpo como objeto, um conceito de “corpo condicionado”, como condição obrigatória à total imunização à patologia. Pena que estejam constantemente convertendo o corpo num objeto de “culto”, quando seria mais inteligente tentar ler as suas verdadeiras necessidades…
Embora se baseiem em rigorosas leis da “fisiologia do esforço”, e apesar de tantos estudos avultarem os benefícios cardiovasculares do exercício, não há ainda evidência suficiente que permita ver o fitness como resposta às necessidades do sistema musculoesquelético. Significa isto que a quase totalidade de desportos existentes, assim como as mais propaladas atividades de fitness, não se encontram adequados às exigências de um “corpo frágil”, que é aquele que genuinamente vestimos; o fitness alimenta a ideia de saúde, mas os esforços que desencadeia ao nível do corpo desautorizam as mais basilares leis do funcionamento mecânico.
Por incrível que possa parecer, como está sendo feito hoje, fitness não é saúde, é doença.
Caro Herique sugiro a leitura de livro que vem ao encontro desse seu pensamento. Felicidade Artificial, O lado negro da nova classe feliz. Ronaldo W. Dworkin
Caro Jorge,
Obrigado pela sugestão.
Forte abraço,
Henrique
PS: o Wiron me comentou sobre aquele problema do curso de osteopatia para profissionais não-fisioterapeutas. Mexam-se! Deve haver uma limitação para esse abuso.