Nos últimos meses tem aumentado uma campanha  acirrada contra prefeita de Fortaleza Luizianne Lins do PT , principalmente nas redes sociais, as principais queixas são  grandes atrasos nas obras da prefeitura, diga-se: Estádio Presidente Vargas, praça  japonês na  beira-mar, recuperação do calçadão da beira mar, hospital da mulher, além de nossas ruas estarem esburacadas e sujas, isso é um fato, basta andar por nossa Fortaleza e constatar, além de inúmeros outros,  talvez o mais caótico sejam  os congestionamentos em qualquer  área da cidade. Nossa  dúvida é se esses problemas são de fato fruto de uma gestão publica deficiente ou se deve a uma histórica cultura do não planejamento das grandes cidades e intermináveis burocráticas ações nos processos para realização das obras.  Afinal a atual gestão é culpada ou mocinha nesse processo? O que não podemos admitir em todas essas críticas e manifestações são as invasões  agressivas na vida pessoal da prefeita, a única razão para tanta polêmica deve-se  ao machismo impregnado em nossa sociedade. Temos de exercer nossa cidadania, fazendo cobranças, exigindo nossos direitos e cobrando total transparência dos nossos gestores públicos,  sendo assim, podemos até aceitar  paralisações, se for essa  a vontade de uma sociedade livre e democrática, mesmo assim, não vou a paralisação por duas razões: primeiro, por não acreditar em  todos esses problemas sendo frutos apenas dessa gestão, em nosso entender são processos acumulativos transformados em cascatas de dificuldades ou mesmo caos absoluto, impossibilitados de serem resolvidos a curto prazo. Segundo, seria paradoxal as pessoas nas ruas gritando Fora Luizianne,  isso nos levaria a lembrar quando nossa prefeita ainda estudante de jornalismo e líder estudantil  ficou a frente da maior manifestação estudantil realizada nessa cidade, tomando ruas a favor do fora Collor, os tempos são outros e a situação é completamente diferente, não se trata de corrupção, desvio de dinheiro e sim do silêncio de uma líder política com aceitação popular. Gostaríamos de mudança no discurso, precisamos e devemos exigir as verdadeiras razões dos atrasos de obras e das difíceis situações vividas nessa cidade, acreditamos que quando menos se esperar, a jovem valente venha à tona, como nos velhos tempos e fale diante da sociedade suas angustias e suas esperanças em  relação a Fortaleza Bela.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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