Por: Mariana Lazari
marianalazari@opovo.com.brFonte:  O POVO Online/OPOVO/Ciencia e Saúde

Misturando elementos do balé, da ioga da natação e do tai chi chuan, o Gyrotonic é um sistema de exercícios que auxilia no tratamento de problemas nas articulações e ajuda a entrar em forma

Cerca de dois anos atrás, o dia a dia de trabalho da empresária Rose Sun, 53, precisou ser interrompido. Qualquer passo a mais pelo restaurante que administra representava dor. O joelho esquerdo já não respondia e as dores só aumentavam. Visitas a consultórios médicos foram muitas, até o dia em que foi apresentada ao Gyrotonic. “Um amigo indicou dizendo que eu precisava conhecer”, recorda-se.

Criado nos anos 1970 pelo bailarino romeno Juliu Horvath, o Gyrotonic é um método de desenvolvimento de consciência corporal, que pode auxiliar no tratamento de doenças nas articulações, como a artrite, na coluna, como a hérnia de disco, e ainda pode ter fins estéticos, melhorando o condicionamento físico, o fortalecimento muscular e, consequentemente, a forma física. Juliu desenvolveu os exercícios depois de, enquanto dançava rodopiando, romper o tendão de Aquiles, um tecido da parte posterior da perna.

Para a própria recuperação, o bailarino criou movimentos que integram a prática do balé a movimentos da natação, do tai chi chuan e da ioga, que ele também praticava. Assim, nasceu um sistema que trabalha o corpo de maneira global e tridimensional, em aparelhos que têm como base roldanas, pesos e molas. O resultado é um corpo mais harmonioso e ágil. É um auto-conhecimento corporal.

Há seis meses, a empresária Rose Sun se tornou praticante do Gyrotonic. Três vezes por semana está se esticando, alongando e, simultaneamente, tratando o problema no joelho. “É sensacional. Na primeira aula já senti um alívio, uma sensação boa. Está melhorando muito”, comemora a empresária. “Quando não venho, sinto falta”, diz.

 Gyrotonic e o pilates

O fisioterapeuta Meudo Filho mostra um dos exercícios executados durante uma aula de Gyrotonic (FOTO: IANA SOARES)

Apesar de, à primeira vista, principalmente por causa da aparência dos equipamentos, parecer igual ao pilates, técnica já bem difundida em Fortaleza, o Gyrotonic tem pontos que se diferenciam daquele método. Nesta técnica o corpo é trabalhado integralmente todo o tempo. “O pilates é bidirecional. Já o gyro é tridimensional. A proposta é que você faça movimentos giratórios”, define o fisioterapeuta Meudo Filho.

As duas técnicas trabalham força e flexibilidade, porém o Gyrotonic preza por movimentos leves e fluídos, com exercícios que lembram os braços de um bailarino e as pernas de um nadador, por exemplo. Meudo Filho é o único profissional cearense com formação em Gyrotonic.

Ele lembra ainda que a respiração é comum ao pilates e ao Gyrotonic, apesar de serem usados padrões diferentes. “O pilates usa respiração geral, que na subida é uma coisa e na descida é outra. Aqui a gente usa diferentes padrões respiratórios. Ora são respirações mais curtas, ora intercala respiração curta com uma mais longa, induzindo o movimento”, explica.

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About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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