Trinta pessoas no Ceará, transplantadas de medula óssea, estão vivas, livres de mieloma múltiplo, e contando histórias de superação de câncer.  Nesta terça-feira, 19, esse número aumenta para 31 transplantes. É o oitavo transplante feito este ano. Foi a partir de setembro de 2008 que o Estado passou a realizar o procedimento autólogo (o paciente recebe células sadias da própria medula). A equipe do Hemoce, unidade da Sesa, e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) realizará o transplante às 10 horas. A paciente tem 55 anos e sofre de mieloma, um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea. No transplante, os médicos descongelam as células sadias da medula que foram armazenadas e injetam na paciente.

Quem precisa e como é feito o transplante de medula óssea?

A medula óssea é um líquido que fica armazenado dentro de alguns ossos do nosso corpo e que tem como função produzir as células do sangue. Quando um paciente tem algum tipo de doença no sangue (leucemias, linfomas, alguns tipos de anemias e outras doenças congênitas) e precisa de um transplante de medula, ele pode se submeter a dois tipos de transplante: o autólogo, quando ele recebe células sadias retiradas da própria medula; ou o homólogo, quando precisa receber células da medula de outra pessoa. Para isso, ele pode recorrer à compatibilidade entre familiares, especialmente irmãos; à rede de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, a BrasilCord; e também ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o REDOME. Esse último é a forma mais fácil de qualquer pessoa poder ajudar os pacientes que precisam de um transplante. Hoje, o nosso estado reúne mais de 85 mil cearenses cadastrados no Redome.

O cadastro de doadores de medula óssea é uma listagem feita em todos os hemocentros do país e reúne as pessoas dispostas a doar. Para participar, basta que o voluntário compareça ao hemocentro de sua região. Ele precisa estar saudável, ter entre 18 e 55 anos e apresentar documento de identificação com foto, como carteira de identidade, de motorista ou de trabalho. O candidato preenche uma ficha com seus dados pessoais e colhe uma amostra de 10ml de sangue, como aquelas amostras que se colhe em laboratório para exames de sangue. Pronto! A partir daí, o voluntário já está cadastrado!

As informações armazenadas no Redome são pesquisadas na necessidade de um transplante. Os dados do paciente que precisa receber a medula são cruzados com os dos doadores que estão no Redome, para tentar identificar compatibilidade entre eles. A chance de encontrar uma medula compatível é de apenas 1 em 100 mil. Por isso, quanto mais doadores cadastrados no registro, mais chances essas pessoas têm de sobreviver.

Mais informações
Selma Oliveira/ assessora de comunicação da Sesa (31015220/5220).
Suzana Mont´Alverne/ assessora do Hemoce (31012308).

Fonte: SESA

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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