Fonte:  O POVO Online/OPOVO/Ciencia e Saúde

Até os 30 anos, acontece o pico de produção óssea. Após os 35 anos, a densidade mineral óssea diminui -1% de perda óssea por ano

Se você pensa que a osteoporose é uma doença da terceira idade, está totalmente enganada. Atualmente é cada vez mais frequente o início da doença em adultos a partir dos 35 anos. Até os 30 anos de idade acontece o pico de produção óssea e é nesse período que garantimos nossos ossos do futuro. Após os 35 anos, a densidade mineral óssea diminui gradativamente – aproximadamente 1% de perda óssea por ano – e após a menopausa pode chegar a 30%, segundo os estudos.

Esta doença é silenciosa. Com o ritmo de trabalho acelerado no dias atuais, sedentarismo, ingestão de corticoides e outros medicamentos, ciclos menstruais interrompidos alterando os níveis hormonais, há uma contribuição para o aparecimento mais cedo dessa patologia. Hoje, a osteoporose é considerada uma epidemia, uma vez que acomete 10 milhões de pessoas no Brasil.

Além dos cuidados e das estratégias para tratar a doença, a prevenção ainda é o melhor remédio. Depois da doença estabelecida, se conseguimos estacionar a evolução é uma grande vitória. Para isso, é necessário consumir dietas ricas com cálcio e vitamina D, realizar regularmente a densitometria óssea, fazer contagem hormonal, tomar sol até antes das 10 horas e realizar atividades físicas.

Segundo os estudos atuais, é necessário que aconteça a modelagem óssea durante toda a vida, processo este provocado pelo exercício com carga localizada e tensões, associado a vibrações, para que aconteça microlesões ósseas e o cérebro entenda como fratura e envie informações aos osteoblastos, responsáveis pela formação óssea, entrarem em ação. Diante desses estudos, foram derrubados alguns mitos, como o de que só o fortalecimento dentro das academias é suficiente para produzir osteoblastos. É necessário tensão, carga, vibração e movimentos multidirecionais, para que realmente aconteça a produção óssea.

O pilates é uma técnica que, através das molas, desenvolve tensão nos sítios acometidos pela osteoporose. E associados a cargas multidirecionais, junto com a vibração provocadas pelas molas, promove o processo de modelagem e remodelagem óssea. Além disso, trabalha postura, equilíbrio, fortalecimento, estabilidade das articulações. E o impacto, que é um fator importante e já comprovado cientificamente para desenvolver a produção de osteoblastos, deve-se nesse caso associar ao trote na esteira supervisionado pelo profissional.

Hoje já podemos mensurar qual a atividade ideal para a produção óssea, através do monitor newtest, que analisa a atividade física do usuário em tempo real e indica a porcentagem do exercício ósseo diário que deve ser alcançado.

Sandra Rocha é fisioterapeuta, osteopata, com formação em RPG e professora dos cursos avançados de coluna no pilates

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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