A CASA DE PALHA
Ao visitar o facebook nesse momento, leio um texto transcrito fielmente para esse blog de um colega fisioterapeuta Luís Henrique Cintra, extremamente experiente, muito me chamou atenção, esse desabafo deve nos servir para chamar a atenção de todos que fazem parte da fisioterapia.
Sou Fisioterapeuta formado pela Pontifícia Univerisdade Católica de Campinas há 18 anos. Ao longo de minha trajetória profissional experimentei algumas situações que confesso quase me fizeram segui outro caminho, ainda bem que o universo conspirou para que eu não abandonasse meus objetivos iniciais.
Tenho visto nos últimos 8 anos movimentos que confesso me amedrontam em relação ao… Futuro de minha profissão.
1) O processo seletivo que ainda existia no ingresso dos cursos de Fisioterapia parece hoje haver somente nas universidades públicas.
2) Professores são pressionados a “manter o aluno na instituição”, ou seja, aluno reprovado, é aluno insatisfeito, procura outra faculdade que o aprove.
3) O estágio extracurricular é uma realidade. Lemos e ouvimos fiscais, líderes e professores falarem que o estágio extracurricular é ilegal mas ele ocorre sem escrúpulos. Quando perguntamos as autoridades sobre esse assunto a resposta é sempre a mesma “ – Estamos trabalhando para aplicar a lei em todos os infratores”
4) O acadêmico não entende que a tendência mundial é que o estado não ofereça saúde para a população. Ele não é estimulado a ser um empreendedor, porque não vale a pena investir na Fisioterapia. Muitos professores falam isso em sala de aula de maneira aberta.
5) O Fisioterapeuta hoje parece está mais para instrutor de Pilates e não de Terapeuta.
6) Os planos de saúde simplesmente pagam valores que meus valores cristãos me impedem de mencionar, e ainda são coniventes com os proprietários de grandes clínicas onde o estágio irregular ocorre de forma livre.
7) Os acadêmicos na busca de “ganhar algum”, imploram por estágios que tirarão profissionais do mercado
8) Algumas instituições convencem inúmeros acadêmicos a se especializarem antes de serem formados.
9) A grade curricular de inúmeras faculdades privadas funciona com disciplinas “on-line”. – Vc já imaginou como é fazer manipulação vertebral na era digital?
10) Congressos fantásticos são lançados todos os anos. Enchem os olhos de quem faz, porém a realidade do Fisioterapeuta que está tentando viver dos seus honorários é bem diferente ds luzes da ribalta.(LHC)
Caros Amigos,
Concordo com a opinião madura do nosso colega e Amigo Dr. Luis Henrique Cintra! Sou profissional da Fisioterapia, professor e gestor, tudo o que ganho, assim como com vc Amigo, todo dinheiro que entra na minha casa vem exclusivamente da Fisioterapia, pois minha mulher também é Fisioterapeuta como a sua e assim criamos nosso filho Ricardinho como vc cria os seus lindos filhos. Com muito trabalho e recusando propostas absurdas de todos os tipos, nos sabemos bem pois já tentaram nos fazer passar por isto tudo eu e ela recusamos pela nossa dignidade e em respeito ao valor que damos a nossa profissão! No inicio tivemos muitas dificuldades e procuramos melhorar e contornamos todas elas ate hj, sem necessitar atropelar ninguém e muito menos a nossa ética. O que esta acontecendo e que, como diria nossa grande professora Dra Wilalba Dourado “alguns de nós estao passando de verdes para podres”, esquecendo de amadurecer com responsabilidade, procuram o caminho mais fácil e o aluno acaba vendo isto e fazendo o mesmo, logo em seguida o mercado regula pela lei da oferta e da procura pois alguns se vendem em anúncios de compra coletiva como mercadorias, em prateleiras virtuais com um rotulo etiquetado em cifras esquecendo o nosso valor agregado que e inestimável! Portanto Amigos, assim como o nosso País, temos que tomar cuidado para ao invés de crecermos com valorização e maturidade, não apenas edemaciarmos, apenas inchando sem melhorar qualitativamente! Nos TODOS somos os exemplos, temos muitos que nos seguem e em sua maioria temos obtidos deles excelentes posturas. Porém existem os 10% que estão desesperados, não se valorizam mancham o nome de toda profissão, para els temos além das leis a nossa pressão pessoal que eu acho fundamental vamos unir as duas coisas e tenho certeza que teremos êxito em breve!
Um forte abraço do Amigo e Orgulhoso colega de profissão
Dr. Ricardo Lotif Araújo
Achei muito apropriado o tema da postagem e acredito que o ocorrido se manifeste em diversas áreas do ensino superior. Temerário o cenário atual onde proliferam indiscriminadamente cursos de nível superior e o MEC classifica grande parte deles como insuficiente. Saúde é coisa muito séria e os profissionais que nela atuam deveriam ser formados com o maior rigor.
Um grande abraço,
parabéns Luis Henrique por manifestar sua indignação e desabafar suas angustias. Parabéns Lotif por agir como líder, o que oferece mais do que apoio, acredita e motiva a todos para seguir o caminho da conquista.
Caros leitores,
É pertinente que possamos fazer uma avaliação mais profunda do problema, sem a tautologia improdutiva aqui expressa.
A História da fisioterapia brasileira, como qualquer história humana, individual ou coletiva, mostra a evolução de pensamentos, saberes, necessidades e interesses. Além disso, a história da fisioterapia nada nais é do que a história do conjunto dos seus profissionais.
Neste contexto, devemos ter em mente suas respectivas contingências filosóficas, científicas, econômicas e políticas. Devemos entender seus embates, suas derrotas e suas vitórias.
Todo este pensamento (ato criador de idéias) depende da concepção (ato criador de conceitos e saberes) que temos do mundo que nos envolve; e a concepção que temos do mundo que nos envolve, em última análise, depende das necessidades primárias e dos interesses secundários que temos. O homem não é apenas um ser que pensa e sabe, é, principalmente, um ser que precisa e que quer. Assim sendo, o “penso, logo existo”, é um quarto da verdade.
Isto posto, para que a fisioterapia possa se impor, ela deve ter um bom alicerce filosófico e científico, ou seja, de suas ideias e de seus saberes. Mas, meus caros amigos, este não está sendo o rumo tomado, e os pensamentos e saberes estão dando espaço para necessidades e interesses, em seus mais baixos níveis.
É claro que necessidades e interesses devem ser defendidos, mas não em detrimento dos aspectos substanciais da práxis, como suas teorias e suas evidências. Hoje, muitas práticas usadas no campo da fisioterapia são realizadas sem qualquer fundamento científico e, mesmo assim, seus conselhos reguladores partem na defesa de interesses questináveis, pelo simples fato de amplição de “mercado”, ou interesses alheios à arte profissional.
Aceitam taumaturgias e esoterismos, e os promovem em seus congressos fantásticos, no sentido ruim da palavra, no sentido de fantasioso, mágico, milagreiro. E sabe o que acontece? Nada. Ou melhor alguma coisa acontence para que nada ocorra. É Como disse o autor do texto acima: “Quando perguntamos às autoridades sobre esse assunto a resposta é sempre a mesma “ – Estamos trabalhando para aplicar a lei em todos os infratores”.
O autor também diz que “Professores são pressionados a “manter o aluno na instituição”, ou seja, aluno reprovado, é aluno insatisfeito, procura outra faculdade que o aprove”. Em vista disso, será formada uma geração de incompetentes que, mal acostumados, acham que nunca lhes pode ser cobrado nada, nada que desafie sua incompetência pode ser cobrado. É por isso que, à expressão de qualquer ideia contrária, surgem melindres e reações (até mesmo institucionias) contra as verdades que precisam ser ditas e que não podem ser caladas.
Mas não poderia ser diferente. Diante dessa tese, com as faculdades formando incompetentes e melindrosos, que perderam a prática do estudo, e que passam na forma da cola, dosTD´s, exercícos e trabalhos do tipo CTRL C + CTRL V, não nos assombra que outros interesses os carreguem para órgãos “científicos” ou fiscalizatórios, e que passem a ser apenas a expressão bem representativa do grave momento vivido por esta profissão. Não é à-toa que o autor se diz amedrontado. Ele tem toda a razão. Não há nada mais amedrontador que uma massa ignorante que se arroga saberes ilusórios.
Mas os competentes da profissão devem então ficar calados e deixar a coisa avançar? NÃO! Profissionais competentes devem se erguer contra este aparente triunfo da segnícia técnica e acadêmica. E, para bem situar os bons e os maus, os profissionais competentes são aqueles que vivem “para” a sua profissão, e não da sua profissão, como já nos dizia Galeno, há quase dois mil anos. Os profissionais que vivem “da” sua profissão são os que prejudicam o avanço da filosofia e dos saberes, pois só visam seus interesses e necessidades primárias.
Assim já é há milhares de anos. O conhecimento do passado nos mostra as possibilidades do futuro.
Mas eu tenho uma visão otimista: existem profissionais dentro da fisioterapia que podem mudar toda a história. Tal como nos primórdios da Medicina, as escolas de Cnida e Cos se batiam, alguma escola fisioterápica clássica e conservadora deverá resurgir das cinzas, para por ordem no caos que agora reina. Estes que agora vos parecem algozes, são, de fato, os salvadores da profissão.
Mas só existe uma saída: voltar-se para os conhecimentos científicos e agir dentro dos limites estabelecidos de suas competências cinético-funcionais, sem tentar invadir áreas nosologicamente definidas e fora de seus domínios, sem apelo aos métodos mágicos, esotéricos, irracionais, que tiram vantagem desonesta do acaso ou do destino natural da doença, definido pelo termo grego “τυχη”. Deve-se buscar sempre um princípio honesto de causalidade, fugindo de efeitos que possam levar às dissonâncias cognitivas e de outras armadilhas nas quais podem cair os menos perspicazes na arte do estudo.
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Especialista pela Université de Lyon – França
Errata:
nais = mais
resurgir = ressurgir
e outras letras engolidas…
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Especialista pela Université de Lyon – França
Vejo que o texto escrito pelo amigo Dr. Luis Cintra estimulou e fomentou um debate interessante neste espaço. Vejo também que as manifestações são oportunas e abrem espaço para análises sob várias óticas.
Farei uma análise do contexto envolvido no texto original:
1) O processo seletivo que ainda existia no ingresso dos cursos de Fisioterapia parece hoje haver somente nas universidades públicas.
Essa colocação é bastante importante no tocante ao nível dos alunos que frequentam os bancos das IES. Temos sim bons alunos, responsáveis, aplicados, interessados e disciplinados, mas existe uma massa realmente preocupante, pois a “peneira” que existia em outrora , hoje já não existe mais e a qualidade tende a cair, pois o acesso ao meio acadêmico ficou muito facilitado. Os docentes têm que construir o aluno no meio do processo e isso depende de uma base prévia necessária que muitos , certamente não têm. A rigidez no processo seletivo deve existir ,pois aí teremos chance de explorar as maiores potencialidades ,pois apenas os melhores ocuparâo as cadeiras do nível superior.
2) Professores são pressionados a “manter o aluno na instituição”, ou seja, aluno reprovado, é aluno insatisfeito, procura outra faculdade que o aprove.
Isso também tem características de um processo autofágico na formação dos fisioterapeutas. As IES aprovam os alunos na marra e vão levando na enganação até não suportarem mais. Temos casos em que o aluno leva na maior moleza o curso todo, cheio de vantagens, seminários, provas valendo “pontinhos” e quando chega em algum semestre que por acaso o professor faz algo de diferente, esse aluno desaba e é um caos institucional com participação de pais e outros estranhos ao meio acadêmico. A pressão existe (posso afirmar) , mas precisa ser eliminada. O processo de avaliação tem que ser dinâmico, as habilidades e competências reconhecidas e o aluno cobrado e estimulado a mostrar resultados maximizados.
3) O estágio extracurricular é uma realidade. Lemos e ouvimos fiscais, líderes e professores falarem que o estágio extracurricular é ilegal mas ele ocorre sem escrúpulos. Quando perguntamos as autoridades sobre esse assunto a resposta é sempre a mesma “ – Estamos trabalhando para aplicar a lei em todos os infratores”
Essa é fácil de comentar, pois houve uma institucionalização do exercício ilegal da profissão. Os caras criaram o estágio legal e o ilegal, porém a diferença entre os dois é a ligação existente com uma IES. Isso é absurdo. Lugar de aluno é na escola. Tem que ganhar base teórica forte pra dar sustentação à sua prática, caso contrário , saem feito loucos atrás de cursinhos de técnicas mirabolantes e mesmo naquelas com mais cientificidade, os alunos nem sabem “onde o galo cantou”, mas repetem o canto. O estágio tem que ser PROIBIDO, apenas aqueles ligados às disciplinas em curso poderâo existir, o resto é OBSERVACIONAL. Vai surgir a pergunta: Mas como eu vou aprender se não coloco a mão no paciente? Resposta: ” Primeiro a teoria consolidada, depois do fim da graduação virão as pós-graduações e residências. Aí é a chance de treinar e praticar!
4) O acadêmico não entende que a tendência mundial é que o estado não ofereça saúde para a população. Ele não é estimulado a ser um empreendedor, porque não vale a pena investir na Fisioterapia. Muitos professores falam isso em sala de aula de maneira aberta.
Isso é coisa de louco! O professor chega na sala de aula e diz uma asneira destas. O pior é que eu já ouvi!
Meus amigos empreender é o grande lance. Nós somos empresários de nós mesmos, seja numa clínica,ou como autônomos vendemos um produto chamado saúde funcional . O momento é do empreendedor, aquele que vislumbra o futuro e constrói as bases nos presente. Não tem que se submeter ao “sub-solo” salarial que nos é ofertado. Temos a capacidade de gerarmos condições dignas , é só acreditar e levar ao pé da letra a seriedade que a profissão necessita, sem firulas e mascaramentos terapêuticos.
5) O Fisioterapeuta hoje parece está mais para instrutor de Pilates e não de Terapeuta.
Esse aqui eu nem vou comentar muito, pq a grande maioria sabe que o Pilates é uma ferramenta bacana, mas a banalização trouxe um certo descrédito ao mesmo!
6) Os planos de saúde simplesmente pagam valores que meus valores cristãos me impedem de mencionar, e ainda são coniventes com os proprietários de grandes clínicas onde o estágio irregular ocorre de forma livre.
Nas clínicas que atendem no sistema de convênios e têm a grande massa de estagiários comandados por 2 ou 3 colegas que nem conseguem ver o que acontece de fato com os doentes. É o sistema de “linha de produção” com a mesma conduta pra todo paciente e sempre os mesmos protocolos. Atendem 300 a 400 pacientes por dia com uma estrutura onde o fisioterapeuta finge que trata, o paciente finge que fica bom e o plano tem certeza que pagou!
Sair do sistema de escravidão dos convênios é a melhor opção. Investir em estrutura, equipamentos de ponta e conhecimento validado. Isso gera credibilidade e fidelidade!
7) Os acadêmicos na busca de “ganhar algum”, imploram por estágios que tirarão profissionais do mercado.
Novamente a idéia do fácil ocupa a linha de atuação dos futuros colegas. Põe em risco todo o sistema e punem os profissionais com suas incompetências camufladas de sede de saber. Tem que acabar com esse comportamento.NÃO AO ESTÁGIO DE FISIOTERAPIA!
Algumas instituições convencem inúmeros acadêmicos a se especializarem antes de serem formados.
Essa é muito legal, como pode alguém se pós-graduar sem ser graduado! Pura tentativa de burlar o lógico e o consensual! Temos que punir esses transgressores, pois o mais grave é que a maioria destes cursos apenas geram conhecimento inútil para aplicabilidade inútil, colaborando para uma massa de enganados.
9) A grade curricular de inúmeras faculdades privadas funciona com disciplinas “on-line”. – Vc já imaginou como é fazer manipulação vertebral na era digital?
10) Congressos fantásticos são lançados todos os anos. Enchem os olhos de quem faz, porém a realidade do Fisioterapeuta que está tentando viver dos seus honorários é bem diferente ds luzes da ribalta.(LHC)
Os congressos estão aí para trazer ,apresentar o novo e reciclar conhecimentos. Dividir os ensinamentos e aprender com os que fazem a diferença, também é importante na formação e continuação profissional. Mostram os resultados e fomentam debates em torno de situações até consideradas plenas de certeza. Alguns realmente são profundamente desnecessários e quase teatrais, mas a maioria aborta assunto sério e tem gente séria abordando esses assuntos.
Bem amigos, não vejo nas palavras do Dr. Luis Cintra nenhum sentimento de medo e nem muito menos considero um desabafo, vejo sim uma crítica muito bem construída ao sistema que aí se apresenta. Sei das qualidades deste colega e amigo , pois sou parceiro e indicador de clientes meus aos diversos serviços da sua clínica.
O que posso falar é que a vida não é uma propaganda de margarina, apesar de alguns pintarem assim, a competição existe e como na natureza, apenas os mais competitivos e fortes(várias designações de força) sobreviverão. O mercado é como a natureza! O sol nasce pra todos , mas só acha sombra que procura!
O fisioterapeuta, apesar de seu crescimento político, vem perdendo em credibilidade, pois o tecnicismo tem sufocado o perfil clínico deste profissional.
O gerenciamento de recursos tem a necessidade do domínio técnico, mas a técnica não pode ser um fim, pois ela é um meio.
Numa discussão recente num grupo de redes sociais, citei as ferramentas tecnológicas que o fisioterapeuta dispõe para elaboração do DCF e para nortear suas condutas cinesiológicas funcionais. Sabe o que ele disse? Que nem um equipamento substitui as mãos dele, que são as ferramentas mais importantes do fisioterapeuta! Eu discordei plenamente dele, pois que acredita nisso é executor de métodos e técnicas, eu acredito que a ferramenta mais importante que eu tenho é a MENTE, O INTELECTO e isso me diferencia deste colega! Quem usa somente as mãos de forma técnica não tem raciocínio clínico e mete os pés pelas mãos.
Ser parte integrante de um processo é viver intensamente esse processo, é construir esse processo e não simplesmente viver desse processo!
Busquemos a nossa identidade profissional nos métodos que exigem esforços clínicos e raciocínios precisos, o tecnicismo trava o processo e cria legiões de alienados sufocados por uma miopia intelectual !
Abs
Parabéns ao Dr Wiron, que em suas palavras resume o seguinte: a principal ação do fisioterapeuta é intelectual, usando a técnica apenas como uma ferramenta utilitária e necessária à consecução de sua ideia, de seu pensamento clínico. A busca de técnicas sem o esmero intelectual tem sido o maior gerador dos problemas que se nos apresentam. Pelo que o Dr Wiron bem falou, a miopia intelectual é um fator a ser combatido. Mas só pode ser combatido por líderes que pensem dessa forma, e não com “professores e gestores” míopes e astigmáticos e que nunca praticaram a arte profissional (por suas más formações acadêmicas) e tornam-se gradativamente atrelados a esferas burocráticas e cegos pelo brilho de seus pequenos interesses políticos, chegando a achar que leis e pressões pessoais tornam os outros mais inteligentes e intelectualizados. Para estes pobres coitados eu digo, plagiando Monteiro Lobato: um país não se faz com pressão e leis, um país se faz com homens e livros.
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Especialista pela Université de Lyon – França
[…] interessante texto postado no blog do Dr. Jorge Brandão jogou luz no sentimento que de certa forma corrói a satisfação […]
Adorei o debate inteligente parabéns a todos, acho importante embasar a Fisioterapia em evidências para acabar com metodos e tecnicas “milagrosos” que na verdade só enriquecem os ministrantes e organizadores de tais “metodos” e empobreçem a Fisioterapia, hora de acabar com isso, abraços
Isso mesmo, acabar com as terapias milagrosas e pautar o tto fisioterapêutico em bases sólidas.
Iniciar um processo de verdades, pois não é possível vendermos técnicas criadas no século 19 ,como algo moderno e ainda com perfil panacéico!
Seria como acreditarmos que a penicilina é um antibiótico moderno e que resolve todas as infecções!
Abs
Sou fisioterapeuta acupunturista há mais de uma década, sou proprietário de uma clínica em um Município de uns 120 mil habitantes com a renda percapta baixa, creio que seja o exemolo de muitos municipios do interior de São Paulo.
Vou numerar ao meu ver as dificuldades da profissão:
1- Profissão não se enquadra na forma de Simples Nacional como forma de tributação, ou seja, por volta de 32% do que uma empresa de fisioterapia produz é pago de imposto, um absurdo!!!!!
2- Quando falamos de indepêndencia profissional, falamos do profissional ou profissão que sobrevive por si só, quero ver qual o fisioterapeuta que monte um consultório em uma cidade como a que eu mencionei acima que sobreviva de atendimento particular. Vou dar um exemplo, uma atuação fisioterapeutica para reabilitação pós cirurgica, que seja feita 20 sessões em um mês a R$50,00 por sessão, daria um montante para o paciente de R$1000,00( mil reais). Quem está lendo este comentário, pare e reflita se teria condições financeiras de realizar um tratamento com este custo, isso com apenas 20 sessões, quem é fisioterapeuta sabe que as vezes dependendo da reabilitação isso é só o começo do tratamento.
3- Estagiário tira a vaga do fisioterapeuta formado? Outra mentira, se não fossem os estagiários, grande parte das clinicas de fisioterapia estariam fechadas, pois além da carga tributária que já mensionei, um fisioterapeuta registrado e com todos os direitos trabalhistas como dever ser, custa para uma clínica de fisioterapia por volta dos R$3.200,00 por mês, com certeza inviabilizando a contratação de tal profissional, não porque a clinica queira enriquecer sozinha como já ouvi por ai, mas sim porque em sua maioria das clinicas não tem essa verba como forma de lucro para custear este gasto.
4- Devido comentário acima,a profissão de fisioterapeuta não é uma profissão formal, são raros os casos de fisioterapeutas registrados(normalmente são só registrados por ONGS, grandes hospitais ou instituições filantropicas), por tanto a profissão vive em sua grande maioria de bicos atendendo aqui e ali, sem vínculos e sem direito trabalhista, por tanto sem uma remuneração fixa, impedindo que seja realizada uma educação continuada, como especializações, mestrados,etc…
5- Docência para nivel superior? Em sua maioria, por não ter encontrado nada que o agradace no mercado de trabalho, partiram para docência, não por vocação e sim por busca de remuneração e estabilidade, por tanto acabam também aceitando uma remuneração por volta de R$ 22,00 hora aula (aula para Faculdade ), menos do que uma manicure cobra para fazer pé e mão.
Agora vou comentar o que acho que precisa melhorar para a profissão ter mais visibilidade e prosperar:
– Reduzir a carga tributária do ramo fisioterapia.
– Prova de suficiência para ter acesso a carteira de trabalho do conselho de classe.
– Maior autonomia profissional em relação a tratamento, no que diz respeito a solicitações de exames, laudos que tenham valor para afastamentos e perícias junto ao INSS e outros órgãos onde levem em consideração a desfunção cinesio funcional.
– Emissão de atestados de ao menos 1 dia de repouso para o paciente, pois ajudaria o paciente com algia aguda que realiza um tratamento contínuo e já diagnosticado a ter bom prognostico fisioterapeutico.
– Implementar como lei ter fisioterapeuta do trabalho em empresas acima de 150 funcionários.
Se essas atividades um dia forem alcançadas, com certeza a profissão se tornará muito mais adequada a realidade brasileira.
prezado Dr. gustavo !
perfeito seu comentário…apenas incluiria que alguns fisioterapeutas que se dizem renomados estão loteando os cursos de fisioterapia não produzindo formandos a altura ( para que estes não venham ser seus competidores ) .
outro ponto importantissmo seria o crefito ou cofitto através de algum projeto de lei que nós fisioterapeutas pudessemos conceder aos nossos pacientes a possibilidade de emissaõ de atestados ( visto que o médico concede até 15 dias para o paciente e depois da alta mandando o pacinte procurar um serviço de fisioterapia )
OLA COLEGAS DE PROFISSÃO,
SOU FORMADA HÁ 17 ANOS E QUANDO ENTREI PARA FAZER O CURSO DE FISIOTERAPIA, EXISTIAM POUCAS FACULDADES E NA ÉPOCA ERA O CURSO DO MOMENTO.
ATUALMENTE, O MERCADO ESTÁ EM CRISE ,NÃO TEM TANTO EMPREGO ASSIM E NEM SE QUER PAGA-SE BEM UM PROFISSIONAL, POIS O SALÁRIO É HUMILHANTE COM UM INVESTIMENTO ALTO PARA A FORMAÇÃO ACADEMICA.
HOJE OS CURSOS DE FISIOTERAPIA NÃO TEM A MESMA PROCURA E O QUE PODE ACONTECER DAQUI ALGUNS ANOS,
É DE REDUZIR O NUMERO DE FISIOTERAPEUTAS POR FALTA DE MOTIVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA NOSSA PROFISSÃO.
POREM ACREDITO QUE ESTES FISIOTERAPEUTAS QUE ESTÃO NO MERCADO DEVERÃO LUTAR POR MELHORES SALÁRIOS E AO MESMO TEMPO, SE DESTACAREM, CONCLUINDO PÓS GRADUAÇÕES , SENDO MESTRES NA ÁREA.
E POR OUTRO LADO, AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS CRIAREM MAIS OPORTUNIDADES DE CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO PARA FISIOTERAPEUTAS.
LEMBRANDO QUE SERIA INVIAVEL SE PAGAR UMA PÓS GRADUAÇÃO COM O SALÁRIO DE UM FISIOTERAPEUTA.
VAMOS À LUTA!!!