(Foto: Bruno Machado/Divulgação)

Faz cinco anos desde que o cineasta cearense Karim Aïnouz rodou seu último filme no Brasil, “Praia do Futuro“. Depois de registrar na Europa o documentário “Aeroporto Central”, ele grava “A Vida Invisível” no seu País de origem. No papel principal, a lenda viva Fernanda Montenegro.

No longa baseado no romance de Martha Batalha, a atriz carioca vive Eurídice Gusmão, moradora de um conjunto residencial de classe média no bairro São Cristóvão.  Em entrevista à Folha de S.Paulo, Fernanda Montenegro diz que “o filme fala da luta para existir, mas sem ser panfletário ou demagógico”.

Sobre os movimentos MeToo e o Time’s Up, ela afirma que “reclamaram tarde, talvez porque antes tenham aceitado, porque tinham necessidade. Às vezes a necessidade é um prato de comida, compreende?”

Publicado em 2016, o livro de Martha Batalha foi entregue à Aïnouz pelo produtor brasileiro Rodrigo Teixeira, um dos nomes por trás do premiado “Me Chame pelo Seu Nome”. O cineasta cearense já havia trabalhado com o produtor em 2011, no filme “O Abismo Prateado”.

Karim assumiu o projeto após a morte da sua mãe, que ele diz ter sido parecida com a protagonista do livro. “Eu queria contar a história da geração dela, sobre a qual não sabemos nada”, disse à Folha. “Como era a primeira vez de uma mulher nos anos 1950?”.

O elenco da adaptação do best-seller “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” (ed. Companhia das Letras) conta ainda com as jovens Carol Duarte (A Força do Querer) e Julia Stockler (Duas Caras).

About the Author

Rubens Rodrigues

Jornalista. Na equipe do O POVO desde 2015. Em 2018, criou o podcast Fora da Ordem e integrou as equipes que venceram o Prêmio Gandhi de Comunicação e o Prêmio CDL de Comunicação. Em 2019, assinou a organização da antologia "Relicário". Estudou Comunicação em Música na OnStage Lab (SP) e é pós-graduando em Jornalismo Digital pela Estácio de Sá.

View All Articles