Em um ano com forte presença dos super-heróis, o cinema trouxe boas surpresas em 2018. De “Vingadores: Guerra Infinita” a “Nasce Uma Estrela”, foi um ano também para prestar homenagem ao legado de obras icônicas como “Halloween”. O Blog preparou uma lista com sete filmes que, nem todos pelos bons motivos, marcaram o cinema neste ano.

Chris Evans como Capitão América em “Guerra Infinita”

Vingadores: Guerra Infinita
(Anthony e Joe Russo, Marvel Studios)

O terceiro filme dos Vingadores é um marco para o cinema. “Guerra Infinita” é o primeiro ato da conclusão dos 10 anos do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), reunindo (quase) todos os heróis já apresentados na atual era.

O longa dos irmãos Anthony e Joe Russo – que também comandam a sequência “Vingadores: Ultimato” – é centrado na busca do vilão Thanos (Josh Brolin) pelas jóias do infinito e o desejo de manter o universo em “perfeito equilíbrio, como todas as coisas deveriam ser”.

Equilíbrio, aliás, é algo a ser celebrado em um filme com tantos personagens e núcleos diferentes.  “Vingadores: Guerra Infinita”arrecadou US$ 2,049 bilhões.

Nasce Uma Estrela
(Bradley Cooper, Warner Bros.)

A reinvenção de Lagy Gaga vem com a batida história da cantora em ascensão que conhece um artista em decadência, ponto de partida de “Nasce Uma Estrela”.

Estreia de Bradley Cooper na direção, o longa tem pouco mais de duas boas horas embaladas por canções que ficam na memória e têm tudo para entrar para a história do cinema, a exemplo de “Shallow“, candidata a música do ano no Oscar. O melodrama, herança das versões anteriores, conduz a narrativa.

Gaga, já premiada com um Globo de Ouro pelo papel em “American Horror Story: Hotel“, se mostra capaz de carregar uma grande protagonista na tela grande enquanto Bradley Cooper se projeta como cineasta.

Halloween
(David Gordon Green, Universal)

Os 40 anos do primeiro “Halloween”, de John Carpenter, mereciam uma celebração à altura. O thriller traz uma Laurie Strode afetada pela influência de Michael Myers, muito bem representada por Jamie Lee Curtis, e enterra meia dúzia de filmes produzidos para a franquia.

As boas referências e o inspirado embate final não escapam do roteiro preguiçoso e se perdem em um terror genérico que não faz justiça ao legado do clássico de 1978.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald
(David Yates, Warner Bros.)

J. K. Rowling tem um poço interminável de produtos para os nostálgicos por Harry Potter. Sem arriscar e nem se apegar às qualidades do primeiro filme, a sequência se perde na quantidade de personagens, abre tramas desnecessárias para preencher tempo e dá a Johnny Depp toda autoridade para tomar o filme para si.

O último ato poderia ter sido brilhante não fosse a capacidade de se auto sabotar pelo roteiro que se preocupa apenas em dar força ao vilão.

Bohemian Rhapsody
(Bryan Singer, 20th Century Fox)

Não há, no filme, nenhuma grande contribuição à história do cinema ou ao legado de Freddie Mercury ou do Queen que não tenha sido feito antes de Bohemian Rhapsody. A não ser evidenciar o talentoso Rami Malek (“Mr. Robot“).

A conturbada produção de Bryan Singer serve quase como uma playlist, com altos e baixos, um toque de emoção forçada e uma coleção de músicas conhecidas. E, justamente por isso, consegue ser um dos filmes mais divertidos do ano. É a celebração de uma trajetória.

Com Amor, Simon
(Greg Berlanti, 20th Century Fox)

A falta de pretensão de fazer com que “Com Amor, Simon” seja um evidente representante do cinema LGBT é uma das grandes qualidades. A comédia romântica adolescente fala com diferentes públicos, do garoto angustiado com o jeito de falar e agir e com quem busca entretenimento sem compromisso.

Pantera Negra
(Ryan Coogler, Marvel Studios)

Chadwick Boseman é T’Challa, o Pantera Negra (Foto: Matt Kennedy / ©Marvel Studios 2018)

Foi necessário uma década para a Disney colocar seu primeiro super-herói negro com protagonismo na linha de frente do MCU.

“Pantera Negra” é emblemático em diversas maneiras e soma ao universo fantasioso uma série de aspectos fundamentais da cultura africana pelo fictício país de Wakanda. As discussões são reais e tornam o filme ainda mais atual situado em uma “América” marcada pela segregação.

About the Author

Rubens Rodrigues

Jornalista. Na equipe do O POVO desde 2015. Em 2018, criou o podcast Fora da Ordem e integrou as equipes que venceram o Prêmio Gandhi de Comunicação e o Prêmio CDL de Comunicação. Em 2019, assinou a organização da antologia "Relicário". Estudou Comunicação em Música na OnStage Lab (SP) e é pós-graduando em Jornalismo Digital pela Estácio de Sá.

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