Quando chegou ao Fortaleza nesta temporada, Marcelo Chamusca, sem tempo para treinar o time, mudou o esquema de jogo tirando os dois atacantes até então escalados por Nedo Xavier – uma variação entre Lúcio Maranhão, Cassiano e Cássio – e fazendo com que Daniel Sobralense centralizado. Pio pela direita e Éverton pela esquerda tivessem obrigação de chegar o tempo todo ao ataque, notadamente Daniel e Éverton.

A equipe se adaptou perfeita e imediatamente ao esquema tático, jogadores cresceram individualmente mas, ao mesmo tempo, ficava claro que o elenco não oferecia ao treinador jogadores ofensivos com chance de mudar o jeito da equipe atuar em caso de necessidade, especialmente atletas de velocidade.

Romarinho e Uillian são instáveis demais, tanto por contusão e tecnicamente. Maranhão ainda não tem o poder de marcação quando o time não tem a bola e Cassiano tem atuado muito melhor como homem referência do que como segundo atacante, tanto que vai ganhar a vaga de Lúcio Maranhão já a partir desta quarta-feira, contra o Coritiba, pela Copa do Brasil.

Assim, para a disputa da Série C, o elenco do Fortaleza tem como maior necessidade a inclusão de dois atacantes de velocidade e outro de área. Se o sistema defensivo está armado com zagueiros e volantes suficientes para variação de jogo, experiência e capacidade para aguentar a competição mais importante do ano para o tricolor, a base ofensiva exige reforços urgentes e capacitados, ainda mais com a ausência de Éverton, melhor jogador do tricolor, afastado do elenco por pelo menos três meses por causa de contusão no ombro.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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