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Do primeiro tempo em Juazeiro entre Icasa e Fortaleza ficou a preguiça, nada mais. Melhor esquecer, portanto. E como ocorre com bastante frequência sob o comando de Marcelo Chamusca desde a sua chegada, no segundo tempo a atuação do tricolor melhorou após a conversa do elenco com o técnico no intervalo.

A bronca foi justa. O Fortaleza nada produziu nos primeiros 45 minutos, mas antes dos 10 da etapa final já havia criado três chances reais para marcar, com movimentação e muito mais vontade, obrigação que precisa ser cumprida em todas as partidas. Só não tinha balançado as redes pelo já tradicional e preocupante hábito de perder gols. Chega a ser impressionante.

Foi ai que entrou em ação a defesa do Icasa. O 2×0 foi construído com falhas muito graves do sistema defensivo do time da casa. Duas trapalhadas impossíveis de se explicar com palavras. Ainda assim o mérito do Fortaleza foi ter assumido a condição de protagonista mesmo atuando distante da torcida.

Já são anos seguidos de Série C. Jogar bem na fase de classificação não é prioridade. Sabem disso os jogadores, os torcedores, a comissão técnica, a diretoria. Vencer na estreia, começar a construir uma base sólida e confiável entre os atletas e somar pontos para estar entre os quatro é o que importa. E ter paciência.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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