O que era previsível, ocorreu. O Ceará, com muitos desfalques, sofreu uma barbaridade contra o CRB, nesta terça-feira, seu quarto jogo na Série B. Ainda que o resultado de 1×1 tivesse sido outro no PV, o recado estaria dado de maneira franca: ou a equipe muda a postura e efetivamente faz a reposição das peças que saíram e estão contundidas ou não sobe. Em 12 pontos até agora, o alvinegro soma apenas quatro, exatamente um terço.

Sem Charles, Fernandinho, Marinho e Assisinho (Magno Alves não conta como desfalque porque deixou o clube), a equipe teve muitas dificuldades para controlar o jogo, criar chances reais para marcar, tanto que terminou com menos posse de bola (45×55%), fato raro quando o alvinegro atua como mandante.

Em finalizações a situação também foi bem ruim. Foram apenas 13, menos da metade das 30 em relação ao jogo contra o Atlético-GO, o melhor do time na competição até agora. Sandro, Eron, Wescley e Eloir, que começaram como titulares, não mantiveram o nível dos titulares e em nenhum momento, a não ser no gol de William depois do passe de Ricardinho, a equipe mostrou organização e competência para vencer o bom, porém simples, esquema tático aplicado pelo time alagoano.

Ainda que tenha jogado mal, o Ceará foi prejudicado pela arbitragem no fim da partida, um lance que acabou tendo interferência direta no placar. Sandro, que voltou a falhar na defesa fazendo um gol contra, marcou em condição legal, mas o impedimento foi marcado.

 

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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