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Chateado com os rumos que o futebol do Fortaleza estava tomando no fim de 2014 – não renovação de alguns atletas, como Robert e Fernandinho, e contratação de outros – o técnico Marcelo Chamusca, mesmo com proposta salarial menor do que recebia, aceitou as condições do Atlético-GO. A chance de dirigir o time de Goiás terminou rapidamente e de forma frustrante, com resultados ruins.

Neste meio tempo, Nedo Xavier assumiu o Fortaleza. O técnico que teve relativo sucesso no tricolor em 2012 – e por isso recebeu nova chance em 2015 – mostrou logo que seus métodos antiquados não iriam funcionar no clube. Nedo, para complicar, também tinha uma atitude bastante negativa diante das dificuldades. Reclamava abertamente do elenco nas entrevistas e internamente, entrava em choque com a diretoria do clube criticando o nível dos atletas, entre eles Éverton. A situação estava feia.

Quando a diretoria do clube percebeu que tinha que trocar de treinador fez então uma consulta ao grupo de jogadores – fato raro no futebol, convenhamos – e as lideranças foram ouvidas. Ao contrário do que se poderia imaginar os atletas remanescentes de 2014 não se omitiram e disseram que gostariam de ter Chamusca de volta, caso a decisão fosse realmente de mudança.

A diretoria, então, que já pensava na possibilidade do retorno de Chamusca fez o contato com o treinador. No seu retorno, sem que nenhuma contratação tivesse sido feita, nova postura, tática mudada, melhores resultados e o título cearense, além da confiança do grupo que, não por acaso, foi fundamental para ter de volta o treinador.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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