marinho

Até os mais sisudos devem ter rido da entrevista de Marinho após o empate do Ceará diante do Santa Cruz, neste sábado, no Castelão. Nem é preciso explicar que o jogador falou uma saraivada de palavrões, mostrou sinceridade, carisma e espontaneidade ao saber que estava suspenso do próximo jogo do alvinegro  – contra o Oeste, fora de casa – por ter recebido o terceiro cartão amarelo.

Principal atleta do time na Série B, Marinho também demonstrou o outro lado, bem menos engraçado, especialmente para o torcedor do Ceará. Primeiro, porque entrou em campo sem saber que estava pendurado, total falta de atenção do profissional e também de orientação por parte da comissão técnica e da diretoria de futebol. O mínimo que se espera é uma conversa antes do jogo sobre isso, como todo o elenco. Depois, por ter tirado a camisa na hora de comemorar o terceiro gol da equipe, o de empate, já nos acréscimos da partida.

Um jogador neste nível de profissionalismo, por mais que a regra do cartão por tirar a camisa seja tola para alguns, não pode se dar o direito de assim ser punido. Não faz qualquer sentido que a equipe seja prejudicada em função de um ato irresponsável e impensado e, no caso de Marinho, cometido duas vezes no acúmulo de cartões.

A comissão técnica e a diretoria têm que arrumar uma forma de controlar essa situação. Uma conversa definitiva é necessária ou então atingir o bolso do atleta.

Em tempo: Marinho é um sobrevivente e tem um história de vida incrível. Neste texto, de abril, publicado aqui no Blog, conto um pouco sobre. “O Futebol salvou a vida de Marinho”

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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