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A Conmebol exigiu e a CBF será obrigada a escolher apenas duas sedes para Seleção Brasileira disputar as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Aquele giro pelo país está fora de cogitação, portanto.

O Rio de Janeiro, tudo indica, será uma das cidades escolhidas. Os motivos são bem óbvios: cidade mais conhecida do Brasil, Maracanã e sede da CBF. A outra tende a ser no Nordeste. Conversei nesta tarde com o presidente da Federação Cearense, Mauro Carmélio, e ele confirmou que São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, não serão escolhidas. São Paulo porque seus torcedores são muito críticos com a seleção e a CBF quer distância. Belo Horizonte em função do trauma do 7×1 e Porto Alegre porque facilitaria muito a vida dos adversários sul-americanos do ponto de vista geográfico. Assim, sobra a vaga para Fortaleza, Recife ou Salvador, apesar de Cuiabá e Manaus, por exemplo, também terem manifestado desejo.

O governador do Ceará, Camilo Santana, se reuniu com Mauro Carmélio especificamente para tratar do assunto. Do encontro foi preparada e já entregue uma solicitação formal para o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. As alegações para Fortaleza receber jogos das Eliminatórias são as seguintes: apoio irrestrito dos torcedores, o gosto da cidade pelo futebol, ter recebido jogos do Brasil na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, mostrando experiência na organização.

Mauro confirmou que a escolha passará muito pelas opiniões do técnico Dunga e do coordenador Gilmar Rinaldi, além, claro, dos dirigentes da CBF. Os interesses políticos são muitos. Recife e Salvador, as mais fortes concorrentes ao lado de Fortaleza, apresentaram os mesmos argumentos do que a capital alencarina e seguem fazendo contatos, mas colocaram um adendo relevante: Fortaleza foi muito privilegiada com a realização de duas partidas do Brasil na Copa do Mundo – contra México e Colômbia – além do jogo também contra o México na Copa das Confederações. Esse fator é levado em consideração por Mauro Carmélio que, entretanto, não descarta o sucesso de Fortaleza na empreitada. “Vai depender de uma série de situações, não podemos ser gulosos, mas estamos sim na briga”, sentenciou.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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