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Apesar da péssima campanha na Série B – é o lanterna, com apenas oito pontos em 13 rodadas – o Ceará tem possibilidade de encarar com o que tem de melhor a próxima fase da Copa do Brasil. A diretoria e a comissão técnica optaram pelos reservas e jogadores da base para os confrontos contra o Tupi e o time conseguiu a classificação para as oitavas de final, mas a próxima fase vai colocar o alvinegro em enfrentamento com um time muito mais forte.

O calendário atual do Ceará não é dos piores. Apesar do presidente Evandro Leitão ter dito de forma clara que o “clube não tem time para disputar uma competição, quanto mais duas”, é possível sim montar uma equipe mais forte do que a que enfrentou o time mineiro. Contra Corinthians, Cruzeiro, Atlético-MG, São Paulo, Inter Fluminense, Grêmio e Flamengo – os possíveis adversários – o risco ao escalar um time reserva é bem maior do que contra o Tupi. Outro ponto fundamental: independente do que o sorteio do dia 4 de agosto aponte, será um jogo grande e relevante para o clube, com tendência, especialmente se o primeiro jogo for no Castelão ou se a equipe conseguir um bom resultado fora de casa, de enorme público.

Único representante do Nordeste entre os 16 clubes que ainda brigam na Copa do Brasil, o alvinegro também tem a chance de usar a competição para trabalhar a confiança dos atletas, claramente abalada como os próprios têm se manifestado. Caso o time mostre um futebol competitivo, ainda que seja eliminado, frutos para a Série B podem ser colhidos.

E tem outra: nada garante que escalar os reservas nos próximos dois jogos da Copa do Brasil seja essencial para o time escapar do rebaixamento para a terceira divisão. É algo que não tem nenhuma relação causa e efeito.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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