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É justa e correta a crítica sobre a diretoria do Ceará em relação aos novos contratados. Após a perda de todo o ataque – seja por contusão ou negociações – o clube trouxe jogadores com nível muito abaixo do ideal para a disputa da Série B, especialmente porque todos vinham de temporadas ruins e sem histórico positivo.

Foram agregados ao elenco Muller Fernandes, Siloé, Fabinho, Vinicius, Rodrigo Silva e Rafael Costa – Mazola vai entrar nesta turma. O objetivo era substituir Assisinho, machucado, William, Marcos Aurélio, Magno Alves e Marinho, que foram respectivamente para Avaí, Coritiba, Fluminense e Cruzeiro.

Há que se reconhecer, entretanto, que o Ceará jamais arrecadou tanto dinheiro com venda de direitos econômicos de seus atletas ou jogadores que passaram pelo clube. Marinho rendeu ao se transferir para o Cruzeiro um milhão e duzentos mil reais e ficou pouco mais de seis meses no time; Samuel Xavier foi para o Sport por 400 mil reais e Ederson vai trazer ao clube cerca de 600 mil reais neste ano e também 600 mil reais em fevereiro de 2016, em função do Ceará ter 20% dos direitos do atleta, negociado com o Japão pelo Atlético-PR. Há ainda o caso de Sandro Manoel. O volante já treina na Arábia Saudita e deve render um bom dinheiro ao clube. Ele, titular na campanha da Copa do Nordeste.

Os quatro exemplos são de jogadores contratados por essa mesma diretoria que aí está. Há erros, mas também acertos evidentes e justamente por isso fica o grande estranhamento em função dos recém contratados para o setor mais crítico da equipe.

Os casos de Marinho, Sandro Manoel, Ederson e Samuel Xavier mostram que o Ceará, hoje, consegue fazer contratos longos com seus jogadores, algo que não existia em tempos recentes e que retrata uma mudança de patamar. Mostra também que é possível lapidar no mercado com inteligência e também buscar na base jogadores de qualidade, amarrando contratos de forma correta, São situações que confirmam um parâmetro de excelência, com base no resultado e no custo benefício.

Assim é preciso saber quem se está contratando, estudar, analisar com responsabilidade o desempenho, comportamento, números. Se fazendo tudo isso ainda há o risco inerente quando se fala de ser humano, imagine se a opção for por quantidade e não por qualidade.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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