cabo

Marcelo Cabo tem 15 anos como técnico de futebol, mas apenas nos cinco mais recentes resolveu deixar de ser auxiliar. Já trabalhou ajudando Dunga, Jorginho, Marcos Paquetá e Branco. Esteve em duas Copa do Mundo também como assistente. Em 2006, da Seleção da Arábia Saudita e em 2010 da Seleção Brasileira.

Neste ano foi cogitado pelo Botafogo, mas a falta de uma trajetória mais importante em clubes travou a negociação. Cabo tem rodado muito. Em 2013 treinou o Tombense – chegou até a semifinal do mineiro – e começou 2014 no Nacional-MG. Em 2015 o Ceará será seu terceiro time. Iniciou a temporada no Volta Redonda – foi bem no estadual – e aceitou proposta do Macaé para ganhar melhor e participar da Série B. Agora assume o alvinegro em busca de reconhecimento e, claro, vencimentos maiores.

Com tempo para trabalhar gosta de montar equipes ofensivas. Não por acaso o Macaé tem o ataque mais positivo da Série B. Paradoxalmente o time do Rio de Janeiro possui a quarta pior defesa, atrás apenas de Mogi Mirim, Ceará e ABC.

A aposta que o Ceará faz no treinador surpreende. É um técnico claramente fora do perfil que a diretoria tem trabalhado, desconhecido completamente do torcedor. Jorginho e Emerson Maria foram tentados, mas não puderam assumir. Como Marcelo Cabo foi auxiliar de Jorginho, não é difícil imaginar de onde o nome surgiu como alternativa. Somado ao fato de Cabo estar fazendo uma boa campanha com o  Macaé, conhecer todas as equipes da Série B e do perfil pessoal de estudioso do futebol, foi escolhido.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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