Quais foram os jogadores de linha na vitória do Brasil-RS por 1×0, no sábado, que jogaram efetivamente bem pelo Fortaleza? Nenhum. Se não faltou empenho e esforço, que são características obrigatórias para qualquer elenco na situação do tricolor, tecnicamente todos os atletas viveram uma tarde infeliz ao mesmo tempo.

Vejo como impossível que a equipe apresente, no próximo sábado, um futebol tão pobre ofensivamente e inseguro defensivamente como na partida anterior, em Pelotas.  Diante de um adversário com repertório único de bolas aéreas no ataque e defensivamente muito bem postado, o time de Chamusca não teve o mínimo de organização para furar o bloqueio gaúcho, especialmente no segundo tempo no que se refere a tentar empatar o jogo. Além disso, o time passou a partida toda sofrendo e perdendo disputas na defesa, permitindo cinco chances reais ao Brasil.

Levando em consideração os 18 confrontos da primeira fase, justamente no primeiro jogo decisivo do mata-mata o Fortaleza fez a sua pior partida na Série C. O desafio desta semana, além do trabalho coletivo, é que cada atleta entenda o que fez de errado. É muito importante a autocrítica. Mesmo com apoio da torcida, num gramado já conhecido, mais amplo e precisando fazer dois gols de diferença para subir, o torcedor sabe que uma atuação como a de Pelotas vai representar o fim do sonho de voltar a disputar a segunda divisão.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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