Explicações racionais para a mudança de postura e de resultados do Ceará na Série B não faltam. Já escrevi bastante sobre. Lisca; o esquema tático;  confiança do elenco; melhor posicionamento defensivo e jogadores como Éverson, João Marcos e Alex Amado que, de reservas, passaram a fundamentais.

Vamos deixar de lado por alguns instantes tais elementos. O jogo desta terça-feira, no PV, marcada 2×0 no placar para o Ceará, gols de Wescley e Rafael Costa. O time, seguro defensivamente e objetivo no ataque vencia bem. Eis que Cametá dá um pontapé sem noção dentro da área no atacante do Bragantino. Alan Mineiro, melhor jogador da equipe paulista, já negociado com o Corinthians, especialista em bola parada, cobra e perde. Na sequência, ataque do Ceará, pelota na trave, defesa espetacular do goleiro Douglas e a bola, que semanas atrás iria para fora, sobra nos pés de Siloé, que até outro dia era o alvo principal de críticas, para fazer 3×0. Ele tinha acabado de entrar na partida.

O futebol tem lógica, mas nem sempre. Desenhos táticos, estudo, organização e método muitas vezes sucumbem diante das imprevisibilidades no gramado. A beleza do esporte está justamente aí.

Não dá para saber se o Ceará, agora com 41 pontos depois de cinco vitórias seguidas e apenas um gol sofrido neste período,  vai escapar do rebaixamento. América-MG e Vitória, os dois próximos adversários fora de casa, são complicados. O Macaé, com 39 pontos, na zona de rebaixamento, segue como rival, mas o Oeste, derrotado pelo Santa Cruz, tem 42 e está também na briga para não cair. Paraná e Atlético-GO estão com 43 e estão longe da tranquilidade.

A pressão continua.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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