Já perdi as contas de quantas vezes escrevi e falei sobre o que entendo ser a melhor estratégia de um clube em relação aos preços dos ingressos de futebol: jogo a jogo.

Cada partida tem seu atrativo, cada jogo é um produto diferente. Depende da posição do time na tabela, da rivalidade com o adversário, da estreia ou não de um jogador, do estádio, do horário, da competição, do que vale o evento. Há uma série de variáveis. É possível praticar preços baixos em partidas menos relevantes e mais altos em encontros marcantes. Convenhamos que não há muito sentido num jogo de primeira fase  de estadual com o time reserva ou já classificado, por exemplo, ter o mesmo valor de uma final ou semifinal.

O Fortaleza, na partida contra o Brasil-RS, estipulou 50 reais como o menor valor. Jogo decisivo, cobrança correta, tanto que lotou o estádio. Na final do estadual, o aumento foi de 30 para 40 reais, bem razoável também.

A diretoria do Ceará começou a Série B cobrando R$ 50 numa estratégia que logo caiu por terra porque os próprios dirigentes não tinham convicção para mantê-la. Depois, com a equipe muito mal na tabela, o valor irrisório de R$ 10 passou a ser praticado e nas partidas mais recentes o preço ficou estável nos R$ 30. Agora, no confronto diante do Macaé, determina R$ 40, um valor normal, nem alto e nem baixo, para um encontro que vale por um ano todo.

Caso haja interesse na explicação oficial do Ceará, ela está aqui

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles