O empate diante do Sampaio Corrêa em São Luis mostrou como Rafael Costa muda para melhor a condição técnica do sistema ofensivo do Ceará. Com Bill ou não, o atacante, que marcou um gol de cabeça e perdeu outra chance clara, é dono de uma posição no ataque. A mesma situação vive Serginho. Se neste começo de jornada no alvinegro ele ainda mostra irregularidade, sua qualidade técnica em relação ao futebol de Siloé é incomparável.

A saída de bola do time continua muito ruim. De novo, como ocorreu na derrota para o Vitória da Conquista, o Ceará entregou o gol ao adversário. Baraka errou, Cametá foi mole na bola e Everson teve que fazer o pênalti. Lisca precisa se livrar da necessidade que ele criou – e deu certo na emergência do ano passado – de atuar com dois volantes sem nenhuma qualidade na distribuição, até porque Carlão, hoje titular da zaga, também tem dificuldades. Para complicar, Fernandinho e Cametá ajudam pouco na saída de bola e o time se torna previsível. João Marcos e Richardson ou João Marcos e Ricardo Conceição são alternativas melhores.

Se atuou muito mal no primeiro tempo, o Ceará, especialmente com as entradas de Rafael Costa e Serginho, mostrou total domínio na segunda etapa sobre o Sampaio, que simplesmente parou de jogar, encurralado, cansado e vaiado pela torcida. E pelo que foi a partida, bola na trave, gols perdidos e defesa milagrosa do goleiro Jean, o Ceará perdeu dois pontos.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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