Durante 80 minutos de jogo, Ceará e Atlético-GO fizeram mal para a coitada da bola no Castelão. Um jogo sem inspiração, sonolento, dominado pelos corretos sistemas defensivos, com uma ou outra chance real de gol e boa presença dos goleiros ou da trave, caso do chute de Felipe, do alvinegro, no primeiro tempo.

Aos 37 minutos do segundo tempo, entretanto, o time de Goiás marcou em belo chute cruzado de Luiz Fernando que, depois, conseguiu a proeza de ser expulso porque levantou a camisa na comemoração, como se não soubesse que isso não pode fazer desde 1500. O jogador fez o gol porque aproveitou espaço entre Antonio Carlos e Thallyson.

Só a partir daí – e justamente é essa a grande indagação da postura do Ceará – que o time de Sérgio Soares procurou o gol de forma intensa, presente no campo adversário, chutando, infiltrando, arriscando. Mas já era tarde e o goleiro Marcos, terceira opção da posição do Atlético-GO, se fez presente, além da incompetência na finalização dos jogadores da casa.

O Ceará finalizou 17 vezes, teve 60% de posse de bola e cruzou 34 bolas para a área. O time de Marcelo Cabo, sim, ele mesmo, finalizou apenas seis vezes com 40% de posse e oito cruzamentos. Números  que comprovam uma tese antiga e para sempre. O que vale no resultado é bola na rede, nada mais. E assim, com três vitórias por 1×0 neste início de Série B que o Atlético-GO soma nove pontos, contra quatro do alvinegro, que precisa entender rapidamente a razão de tanta lentidão e falta de energia até tomar o gol.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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