Há situações tão particulares para um time de futebol durante uma campanha de pontos corridos que jogar bem ou mal passa a ser completamente irrelevante eventualmente.  Era essa a situação do Ceará quando entrou em campo contra o Goiás, nesta terça. A equipe precisava somar três pontos de qualquer forma e foi isso que conseguiu atuando no Castelão.

Novamente não foi uma grande jogo e o Ceará mostrou que ainda falta bastante coisa para se tornar competitivo com qualidade e organização (defensivamente a bagunça permanece), mas o espírito foi outro. Sem qualquer exceção, todos os jogadores alvinegros que atuaram mostraram muita aplicação e entrega. Ao mesmo tempo encontraram pela frente uma equipe frágil e insegura. Assim, forçando a saída de bola e marcação firme e em cima, o alvinegro induziu o adversário ao erro diversas vezes. Dessa forma construiu o placar no primeiro tempo nos gols de Felipe e Ramires, contra – tomou o de Thalles aos 30 minutos do segundo tempo e quase levou o empate  de Cassiano aos 39 – mas agora tem sete pontos em 15 disputados na Série B.

Individualmente nenhum jogador do Ceará teve atuação desastrosa. Na mesma proporção, nenhum se destacou. Bill e Rafael Costa, juntos, mostraram que podem atuar sem grandes traumas táticos para o meio-campo, algo positivo. A vitória também serviu para dar o mínimo de tranquilidade ao técnico Sérgio Soares. A pressão sobre ele chega a ser surreal, fruto de um desespero que não tem lógica alguma.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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