Uma vitória com mais organização tática, segurança defensiva e talentos individuais decisivos. O 3×0 sobre o Brasil de Pelotas, nesta terça-feira, no Castelão, foi a melhor partida do alvinegro na Série B.

De forma alguma fico preso na análise ao resultado do confronto – que ficou amplo nos minutos finais – até porque o Ceará ganhou alguns jogos nesta Série B atuando mal, mas a equipe mostrou na nona rodada algo que não tinha feito até então: método e tranquilidade para colocar a bola no chão, pensar o jogo e correr menos riscos defensivos, o grande problema do time.

Felipe e Bill se destacaram e é isso que os principais jogadores de um elenco precisam fazer. Se Rafael Costa não foi bem, a compensação veio com outros nomes. João Marcos também mostrou que sua presença é relevante na marcação e na distribuição de jogo sem desespero.

Em algo raro nesta Série B – e importante porque a equipe sempre esteve entre as mais faltosas e indisciplinadas da competição – o time fez apenas 11 faltas e não tomou nenhum cartão amarelo pela primeira vez. É outro sinal da maturidade chegando, mas que será comprovado dependendo da continuidade.

Curioso é que os torcedores do Ceará vivem um dilema. Enquanto muitos esculhambam o elenco após algum resultado ruim, pedem reforma total no elenco, outros, a cada vitória, garantem que o clube vai brigar para subir. Pensamentos divergentes são comuns, mas fazia tempo que eu não via algo tão paradoxal em relação ao Ceará neste aspecto.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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