Por André Victor Rodrigues

Um dos principais objetivos no cotidiano do Fortaleza é zerar o Departamento Médico. Especialmente porque, nos últimos tempos, por lá estiveram peças importantes para a formação titular comandada pelo técnico Marquinhos Santos. O time sentiu ausências em campo na disputa das últimas rodadas da Série C. Para o próximo jogo, domingo, 3, contra o ASA, o Leão terá retornos importantes de Lima e Juliano. Contudo, o meio-campo ainda inspira cuidados pela carência de meias de ofício.

Sem contar com Éverton e Daniel Sobralense, o Tricolor do Pici treina novas opções para escalar os 11 jogadores principais para buscar a retomada da liderança do Grupo A. A última delas consistiu na escalação de um time com quatro volantes na meia por Marquinhos Santos.

Nos treinamentos da última quarta-feira, a equipe titular foi lançada no Estádio Alcides Santos com: Ricardo Berna; Felipe, Lima, Edimar, Willian Simões; Corrêa, Juliano, Pio, Rosinei; Juninho e Anselmo.

A aposta se baseia na diversidade no perfil de volância contida no elenco tricolor. Se as tentativas de resolver com opções de velocidade, como Leozinho, ou de suporte ofensivo, como Clebinho, não deram muito certo nas duas últimas rodadas, a proposta agora deve se fincar em devolver a consistência na marcação e contra-ataques.

Para isso, há um volante referência na contenção (Juliano), o bom início da saída de bola (Corrêa), a experiência para manter mais a posse (Rosinei) e o poder de chegada na área (Pio). Num campo de resoluções que ainda não ocorreram neste time desfalcado, parece uma boa alternativa para a comissão técnica arriscar. “Encher o time de volantes” não necessariamente é ligado a algo ruim. Em especial neste caso, explorar a boa qualidade técnica e disciplina tática das peças citadas é investida válida.

Ao longo dos treinamentos, as substituições indicaram a variação desta base com os volantes: Leozinho entrando na vaga de Corrêa, Railan no lugar de Felipe e Maranhão para substituir Juninho. Simulação de uma possível correção, caso ao longo da partida seja necessário impor proposta de jogo mais vertical e de surpreender a marcação do adversário.

Com 11 pontos em seis jogos, o Fortaleza é vice-líder do Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro. Faz diante do ASA, no Castelão, próximo domingo, às 18 horas, confronto direto que pode devolvê-lo ao topo da tabela. E, visto que já são duas partidas sem vencer, três pontos significam trazer de volta ao Leão o rumo da estabilidade. De preferência, com novas formas eficientes de se portar em 90 minutos.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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