Independente do adversário estar em crise, contar com um elenco obviamente muito superior tecnicamente e ter mostrado boa atuação, o Fortaleza teve uma desempenho muito frágil na derrota para o Internacional, em Porto Alegre, nesta quarta-feira.

A equipe, como era de esperar, entrou com o propósito de marcar bem em seu campo e sair com rapidez para o ataque. Não conseguiu nem uma coisa e nem outra. Foi dominada o tempo todo, tomou três gols que poderiam ter sido seis, finalizou apenas uma vez em direção ao gol e em condições normais já está eliminada da Copa do Brasil.

Além do plano tático não ter funcionado, individualmente os jogadores estiveram em noite de erros perenes. Não é possível destacar nenhum atleta que tenha feito uma partida minimamente razoável, mas chamou a atenção a baixa produção de Railan, Lima e Edimar no sistema defensivo, Rosinei e Sobralense no meio-campo e Juninho no ataque.

O Fortaleza errou 44 passes e 28 lançamentos, um exagero que também comprometeu demais o desempenho tricolor. Não era possível ver uma jogada contínua ofensiva justamente em função dos equívocos em série. Esses números foram norteados por desatenção, insegurança, falta de combatividade e falha de posicionamento constante. Já o Inter errou 30 passes, mas acertou 416 (o Fortaleza acertou 295) e finalizou nove vezes ao gol.

Só há uma forma de aproveitar positivamente essa atuação do time de Marquinhos Santos: que sirva de parâmetro para não se repetir mais nos três ou cinco jogos restantes até a tentativa do acesso para a Série B. Fora isso, uma jornada para esquecer e que vai esvaziar demais as arquibancadas do Castelão na partida de volta, no dia 22 deste mês.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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