Juventude.

Durante três semanas o Fortaleza e sua torcida não pensarão em outra coisa a não ser no time de Caxias do Sul, quarto colocado do grupo B com 30 pontos, exatamente a mesma pontuação do Fortaleza, líder do grupo A.

Mais uma vez, como foi no ano passado, será um adversário gaúcho que o tricolor terá pela frente para tentar voltar para a Série B. E, mais uma vez, fazendo o segundo jogo no Castelão, situação que nunca foi vantagem neste atual regulamento para o Fortaleza.

O Juventude tem muito valor e não só pela história de anos na Série A ou pelo momento de recuperação que está em andamento. Na atual Série C, o time comandado pelo ex-zagueiro Antonio Carlos conseguiu garantir a vaga só na rodada final no melhor estilo “não está morto quem peleia”. No final de agosto, pouca gente apostava, inclusive.

No total da campanha foram 28 gols marcados (em apenas quatro jogos o Juventude saiu sem balançar a rede adversária), o melhor ataque do seu grupo e de toda a competição, ao lado do Botafogo-SP e do Boa Esporte. O sistema defensivo, entretanto, tem problemas e provocou a instabilidade na campanha. A equipe sofreu 18 gols, é a pior defesa entre os oito classificados para o mata-mata.

Como mandante o time teve 55% de aproveitamento, apenas o quinto do grupo. Foram quatro vitórias, três empates e duas derrotas. Como visitante exatamente a mesma campanha de 15 pontos conquistados em 27 disputados, ou seja, a equipe foi mais forte quando atuou longe de seus domínios nesta Série C, tanto que terminou com a melhor campanha de toda a competição fora de casa. Outro detalhe: tanto em casa como fora de casa o Juventude marcou 14 gols.

Em nove jogos em Caxias pela Série C, o time verde e branco levou 22633 torcedores no total, média pequena de 2515 por partida.

Hugo (6 gols), Roberson (5 gols), Wallacer (4 gols) e Felipe (3 gols) são os jogadores que o torcedores jaconeros mais viram marcar na terceira divisão.

Na Copa do Brasil, o Juventude venceu o São Paulo no primeiro jogo das oitavas de final. O placar de 2 a 1 no Morumbi foi construído, apesar da fragilidade do adversário, com um futebol organizado para marcar, saídas rápidas para os contra-ataques, ausência de covardia mesmo atuando como visitante e muito treinamento de jogadas partindo de bolas paradas. O jogo de volta será na quinta-feira desta semana, no Alfredo Jaconi, estádio com capacidade atual para cerca de 19 mil pessoas.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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