André Comte-Sponville, filósofo francês, escreveu no seu brilhante livro A Felicidade, Desesperadamente que a esperança nos afasta da felicidade por ser um desejo cuja satisfação não depende de nós, já que esperamos apenas o que somos incapazes de fazer.

Os torcedores do Fortaleza ajudaram o time lotando o Castelão com mais de 60 mil pagantes, mas o acesso para a Série B dependia dos jogadores e da comissão técnica, que foram incapazes de passar pelo Juventude na noite deste domingo, no Castelão. Um primeiro tempo ruim, lento, sem criatividade e uma melhora apenas após o gol de empate marcado por Pio no segundo tempo – Juventude saiu na frente com gol de Hugo, de cabeça – já quando o tempo era escasso.

A subida de divisão mudaria o Fortaleza de patamar em 2017. A diretoria do clube estimava um acréscimo de pelo menos R$ 10 milhões de faturamento no ano, num pacote que envolveria cota de participação na Série B, aumento de arrecadação com bilheteria e patrocínios, além de incremento no programa de sócio-torcedor.
O Tricolor novamente não subiu e se viu envolvido em frustração mas, assim como nos anos anteriores, continuará lutando no ano que vem e com a torcida por perto.
É assim no futebol. É assim na vida.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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