Alguns jogos servem como parâmetro e resumem campanhas. Foi o caso da derrota do Ceará para o Bahia, no sábado, por 3 a 1, em Salvador. O resultado deixou o alvinegro com 47 pontos, na nona colocação, distante sete do G4. A possibilidade de acesso é de 0,2% de acordo com a matemática pura e simples.

O time finalizou apenas duas vezes no gol do Bahia. É inacreditável que durante pouco mais de 90 minutos, ainda que jogando na casa do adversário, uma equipe tente apenas duas finalizações (uma certa, do gol de Lelê e outra errada). Além disso, foram 38 lançamentos, dos quais 29 equivocados, retrato de jogadores que não sabiam o que fazer quando tinham a bola, a não ser passes curtos e laterais. Cruzamentos tentados foram 10, oito errados.

Já o Bahia, que tem tido dificuldade para vencer jogos como visitante, mandou na partida com muito mais objetividade e entusiasmo, porque em posse de bola e troca de passes o equilíbrio prevaleceu. Não foi uma atuação de gala do tricolor, mas o registro de 14 finalizações, das quais 10 certas, prova o domínio escancarado. Em escanteios, o tricolor conseguiu 13 e cedeu apenas dois.

Com 35 pontos no primeiro turno todo, o Ceará teve então 61,4% de aproveitamento, o segundo melhor. O acesso era completamente administrável, ainda que a equipe não apresentasse um futebol espetacular. Agora, em 14 partidas no segundo turno, o aproveitamento despencou para 28,6%.  São duas vitórias, seis empates e seis derrotas, com 11 gols anotados, média inferior a um tento por partida.  É o terceiro pior desempenho, com o mesmo elenco, mesma comissão técnica, mesma diretoria de futebol.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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