A Caixa Econômica Federal passou a patrocinar clubes de futebol no Brasil a partir de 2012. De lá pra cá, no total, mais de R$ 400 milhões foram investidos no esporte mais popular do país somente com verba para os times. Desde 2013 que Ceará e Fortaleza tentam, sem sucesso, acordo com a instituição. Não conseguiram por uma série de motivos mas, nesta terça-feira, o Alvinegro teve a confirmação de que a partir de janeiro de 2017 terá a logomarca do banco na sua camisa, como principal apoiador. O acordo será de um ano e terá importância grande nas finanças do clube que, em 2016, faturou menos do que em 2015 com venda de direitos federativos de jogadores, premiação por bom desempenho nos torneios que participou e bilheteria.

Nesta temporada a Caixa patrocinou 20 clubes brasileiros (13 da Série A e sete da Série B). Os valores são muito diferentes e, claro, obedecem a lógica de mercado de tamanho da torcida, potencial econômico de seus torcedores, alcance da marca, divisão atual do clube e possibilidade de acesso. Corinthians e Flamengo, por exemplo, receberam respectivamente R$ 30 milhões e R$ 25 milhões. Cruzeiro e Atlético-MG fecharam por R$ 12,5 milhões cada. Coritiba, Sport, Atlético-PR e Vitória ganharão R$ 6 milhões. Chapecoense e Figueirense, R$ 4 milhões. Todos estavam na Série A.

Ainda neste ano, analisando os clubes da Série B, o CRB assinou contrato de R$ 1 milhão por um ano (R$ 83 mil mensais). Também da Série B, o Goiás fechou acordo de R$ 1,5 milhão, mas por apenas quatro meses (R$ 375 mil mensais). Já o Bahia, igualmente na Segundona, por um contrato de cinco meses por R$ 2 milhões (R$ 400 mil reais). O Náutico, por quatro meses, recebeu nesta temporada R$ 300 mil mensais. Já o Atlético-GO, pelo ano todo, abocanhou R$ 2 milhões.

Assim, usando os parâmetros atuais em que o Ceará se encontra, o clube pode perfeitamente se encaixar numa verba que vai girar em torno de R$ 200 mil reais mensais, totalizando R$ 2,4 milhões por uma temporada. É possível que esse cálculo sofra alguma pequena variação para cima ou para baixo, mas os valores estão, inclusive, dentro do que espera o presidente do Ceará, Robinson de Castro, que falou com exclusividade ao repórter Eliomar de Lima, do Grupo O POVO, nesta manhã.

Em tempo: não há nenhum time da Série C que tenha patrocínio da Caixa, algo que, evidente, dificulta eventual acordo com o Fortaleza.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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