Depois dos sucessivos fracassos com o objetivo de subir para  Série B montando times mais técnicos (e caros para o padrão da Série C), a proposta da diretoria do Fortaleza para 2017 era mudar completamente o perfil da equipe. Foi essa a missão dada ao gerente de futebol César Sampaio e sua equipe, que então montaram um elenco mais jovem e com características bem evidentes de raça e briga intensa pela bola, deixando a técnica em segundo plano. E a torcida vai ter que se acostumar.

Os jogos contra Ceará, domingo passado e Bahia, nesta quinta-feira, mostraram também um time nervoso, faltoso, provocador e reclamando demais da arbitragem, situações que certamente devem ser controladas no decorrer da temporada.

Neste dois jogos, o time fez apenas um gol, graças a uma jogada individual de Gabriel Pereira, que teve um momento de brilho e não de trabalho coletivo. No mais, a equipe criou pouco e, nas chances que teve mostrou problemas técnicos e de qualidade para finalizar. Contra o Bahia, até com um jogador a mais, teve dificuldade. Caso não melhore, dificilmente terá sucesso na temporada.

Defensivamente há pontos mais animadores para o torcedor, além da certeza de ter sempre uma equipe que vai lutar o quanto puder. Marcelo Boeck tem pinta de ser a redenção no gol depois de tantos anos de erros que, inclusive, comprometeram temporadas e a linha de quatro homens da zaga tem se mostrado um pouco mais firme em jogos grandes depois das ruins partidas contra Ferroviário e Guarany no estadual.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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