As frases do título do post não são minhas, mas do diretor financeiro do Ceará, João Paulo Silva e do diretor administrativo do Fortaleza, Gigliani Maia, respectivamente. Ambas foram concedidas ao repórter Brenno Rebouças para matéria publicada nesta terça-feira na edição do Jornal O POVO. Elas dizem respeito ao lucro com bilheteria (óbvio que eles têm outras fontes de renda, incluindo os sócios) que ambos registraram após seis rodadas do Campeonato Cearense.

O diretor financeiro do Ceará, João Paulo Silva, fez um comparativo com seus gastos e revelou que os R$ 41.079,46 de lucro “não representam nem o que se gasta na cozinha do clube com alimentação”. Ele também informou que só a viagem que o time fará para Juazeiro do Norte no fim de semana vai custar cerca de R$ 30 mil (mais de 70% do que o clube arrecadou no Estadual até aqui).

“Esse valor não significa absolutamente nada. Das alíquotas que tínhamos planejado, vamos ficar bem aquém. Para esses dois meses, prevíamos 500 mil de receita”, explicou Gigliani Maia, diretor financeiro do Fortaleza, se referindo aos R$ 62.565,36 de lucro do Tricolor.

Não sou contra o estadual. Nunca fui, mas entendo que eles precisam ser repensados pra valer. A mudança de regulamento da atual temporada não vai servir para mudar o cenário de prejuízo e lucro mínimo com bilheteria. Todos os clubes precisam de um calendário anual, como Ceará e Fortaleza têm. O torcedor também precisa de estímulo, sempre. Para isso é preciso uma modificação profunda e justa, mas os próprios clubes, as Federações e a CBF não querem. Não acredito em mudança alguma, portanto.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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